domingo, 13 de dezembro de 2009

O tempo acaba na administração

Ontem estava eu lendo meu jornal matinal e sempre uma matéria entre outras me chama mais atenção. Gosto muito de acompanhar dados e pesquisas, advindos do IBGE, do Pnad, etc. Essas matérias me surpreende e as vezes me intriga. E é por isso que acabei de postar no Blog Marketing na Saúde uma matéria sobre a inclusão digital com dados consolidados do IBGE e Pnad. Mas venho escrever neste Blog, devido a uma outra matéria que li ontem no Cotidiano do jornal Folha de S. Paulo. O artigo: O tempo acaba na administração foi escrito por Walter Ceneviva, muito bem escrito por sinal. Sabe que lendo este artigo fiquei até com uma ponta de inveja da população de Brasília, pela garra e pelas manifestações que ele veem fazendo contra o governador Arruda, as vezes acho que falta isso aqui em São Paulo. Várias pessoas são despejadas de suas próprias casas e outras até faleceram devido ao acidente da linha amarela do metrô, ocorrido a três anos e ninguém faz nada. O prefeito Gilberto Kassab diz que o que aconteceu na terça (08/12) não foi CAOS, e ninguém faz nada. Os vereadores de São Paulo passam o ano inteiro votando em mudanças de nomes de praças e ruas e ninguém faz nada, quando eles decidem votar pelo aumento do IPTU e até mesmo pelo próprio aumento dos salários, ninguém faz nada, novamente!!!
Walter Ceneviva fecha seu artigo, maravilhosamente bem, com a seguinte afirmação: Burocracia lenta gera corrupção. Corrupção estimula o crime. O crime não contido nem punido em tempo breve asfixia a sociedade, que se revolta. E eu pergunto, se revolta, mas faz alguma coisa para mudar???
Até quando vamos ficar passivos??? Como diz a frase de uma música "Fecho os olhos pra não ver passar o tempo..." É isso que estamos fazendo??

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Brasil possui mais de 7 milhões de casas com TV por assinatura

Éhhh o número de assinantes vem crescendo, engraçado que o número de propagandas na transmissão a cabo também. As vezes até esqueço que estou no canal fechado, de tantas propagandas que sou obrigada a assistir. E o mais interessante é que, apesar de ser publicitária, sou contra a imensa quantidade de propagandas que a TV a Cabo despeja na programação. Acho um desaforo!!!! Veja a matéria na íntegra:
O Brasil possui 7,1 milhões de domicílios com TV por assinatura, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações Anatel.O mês de outubro teve 62.186 novos assinantes, totalizando 841.562 no ano, número pouco inferior ao incorporado no mesmo período de 2008, que teve 932.371 novas assinaturas. O crescimento de janeiro a outubro deste ano foi de 13,3%.
O estado do Espírito Santo foi o que mais teve pedidos de assinaturas, com um crescimento de 11,8% em relação a setembro. Ao longo de 2009, a localidade que registrou mais novos assinantes de TV por assinatura foi a do Amapá, com um crescimento de 64,3%.A região Norte é a que apresenta maior número de novos assinantes, com crescimento de 20,1% entre janeiro e outubro de 2009. Em seguida vem o Nordeste, com 16,7%. Na sequência aparecem Sudeste com 14,1%, Centro Oeste com 11,6% e Sul com 10,1%.
Fonte Site IDG Now

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O luxo que é lixo



Ainda pagamos por um serviço caro e ineficiente!!!! Quando irá mudar este quadro? Com as rápidas mudanças, crianças realizando atividades escolares via internet, maiores investimentos em publicidade on line, é preciso tratar com seriedade este assunto e rapidamente aplicar mudanças para que haja uma melhoria nos serviços prestados e automaticamente um preço justo. Ahhhh quem pague por uma determinada banda e recebe uma bem menor!!!!
Apesar de sua indiscutível importância, ainda há inúmeras barreiras para o acesso à banda larga no país, sem falar da qualidade, que deixa muito a desejar. Para o Idec, a solução desses e de outros problemas passa pela definição da internet rápida como um serviço público.
A banda larga no Brasil tem "só" três problemas: "é para poucos, cara e lenta". Tal definição foi dada pelo coordenador do Programa de Inclusão Digital do governo federal, César Alvarez, no 53o Painel Telebrasil, evento dos empresários de telecomunicações realizado no fim de agosto. De fato, o panorama do setor deixa claro que ainda há um enorme fosso entre a maioria da população e a internet, tanto pela indisponibilidade do serviço em regiões de baixo interesse comercial para as operadoras quanto por seu preço proibitivo. E quem pode contratar tem de se contentar com um serviço de baixíssima qualidade.
Não foi por acaso que o governo reconheceu que a forma como o serviço vem sendo prestado é insuficiente para a realidade socioeconômica do país. Um comitê interministerial estuda o lançamento de um Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que visa melhorar a infraestrutura da oferta de internet. O projeto ainda está engatinhando, mas já surgem algumas propostas, como o uso das redes ociosas das empresas estatais Petrobras, Furnas, Chesf e Eletronet para fomentar a concorrência, por meio do aluguel dessas redes para prestadores privados do serviço, e também por meio de ofertas de acesso ao consumidor feitas por prefeituras e instituições sem fins lucrativos. Apesar de a medida ser benéfica, para o Idec é importante que o PNBL não fique restrito a uma iniciativa específica, como um "reparo" em um modelo que dá sinais claros de deficiênciaParte dos problemas é decorrente da falta de concorrência no setor, concentrado nas mãos de três grupos (Oi-BrT, Telefônica e Net). O Idec entende que para a efetiva universalização da banda larga é fundamental que o Estado assuma a responsabilidade neste processo, uma vez que a internet tem hoje evidente importância na vida cultural, social e econômica da sociedade. Diante da essencialidade do serviço, o Instituto defende que a banda larga seja prestada em regime público, como a telefonia fixa, o que garante que o governo possa impor regras e estabelecer preços.
PARA POUCOS
Em 2007, o Brasil ocupava a 72a posição no ranking mundial de penetração de internet, que comparou 190 países. Em relação à banda larga, estávamos na 58a posição entre 110 nações - atrás do Chile (38o) e do México (57o), por exemplo. Os dados são do Relatório da Economia da Informação 2007-2008, da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
De acordo com a pesquisa sobre o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) no Brasil, realizada pelo Comitê Gestor da Internet do Brasil (CGI.br) em 2008, 80% dos domicílios urbanos do país ainda não têm acesso à internet, apesar de pelo menos 28% das famílias já possuírem computador. Boa parte dos usuários de internet no país (48%) precisa recorrer a centros de acesso pago, como lan houses, 21% só têm acesso no trabalho, e 14%, apenas na escola. Da ínfima minoria que possui conexão residencial, somente 58% têm banda larga. Pelo menos 31% dos acessos ainda são pela velha e lenta linha discada. Mas se considerarmos que 10% dos entrevistados não souberam responder qual é o seu tipo de conexão, esse número pode ser ainda maior.
Ao verificar o número de usuários de internet no país por classe social, é fácil identificar que a barreira para o acesso é o preço. Enquanto na classe A, que representa apenas 3% da população, 89% usam a rede mundial de computadores, na C, composta por 54% dos brasileiros, esse número cai para 38%. Para Diogo Moyses, consultor técnico do Idec, tais números deixam claro que há algo errado no nosso modelo de serviço de banda larga. "Ele foi concebido como se a população brasileira pertencesse somente às classes alta e média, mas essa não é a realidade do país", declara.
Fonte: Portal IDEC

Como revolucionar a educação


A Finlândia oferece à sua população aquela que é considerada a melhor educação entre todos os países do mundo. Esse padrão de excelência alcança tanto a universidade quanto o ensino nos níveis médio e primário. Tais resultados decorrem, acima de tudo, da qualidade de seus professores, das instalações de suas escolas, da adequação de seus currículos, do número de horas efetivas de aulas e da seriedade dos processos de avaliação da aprendizagem.
Que bom seria se professores brasileiros pudessem dar um depoimento parecido com este que ouvi de um professor de primeiro grau finlandês: "Como educador, sou bem remunerado, sinto-me integrante da classe média, tenho casa própria, automóvel, sei que terei uma aposentadoria decente e que meus filhos poderão estudar nas melhores escolas. A sociedade me respeita e reconhece o valor de minha contribuição para o futuro das crianças e jovens de meu país."
Ao visitar a Finlândia no ano passado, minha maior surpresa foi notar que suas escolas não revelam nenhuma paixão especial pelo computador ou pela banda larga. É claro que seus educadores consideram esses recursos tecnológicos importantes, mas afirmam que eles devem ser utilizados na dose certa, no momento exato e de modo correto.
Um dos exemplos desse uso correto é o curso que a escola de nível médio ministra a garotos e adolescentes na Finlândia e em outros países da Europa, para prepará-los para o uso competente do computador e da internet, fornecendo-lhe, ao final, o certificado chamado computer driving license, por analogia com a carteira de habilitação de motorista. Seria muito bom que as crianças brasileiras dispusessem de cursos periódicos semelhantes.
UM LAPTOP POR ALUNO?Não tenho dúvida de que a maioria dos que defendem o projeto Um Laptop por Criança (OLPC, na sigla em inglês One Laptop Per Child) para o Brasil e outros países emergentes são pessoas bem-intencionadas e idealistas. Mas basta refletir um pouco mais para se comprovar a fragilidade desse projeto
Sejamos realistas. A maioria das crianças não poderá levar seu laptop à escola sem correr o risco de assalto no caminho, em especial em São Paulo e no Rio de Janeiro. Os que conseguirem chegar à escola com a máquina, serão, com certeza, tentados a navegar pelos sites mais inadequados durante as aulas. Nesse caso, o laptop será muito mais um elemento de dispersão da atenção do aluno do que uma boa ferramenta de ensino.
A experiência finlandesa mostra claramente que o computador, quando usado rotineiramente em sala de aula, sem critério, não traz nenhum benefício para a aprendizagem. Ao contrário, prejudica o aproveitamento escolar do aluno.
É claro que muitas escolas poderão oferecer a seus alunos acesso a terminais de computadores de uma rede local, com recursos audiovisuais e didáticos, para o ensino de geografia, história, matemática, física, química, biologia, literatura e outras, a partir de projetos pedagógicos bem concebidos.
Nesse sentido, seria útil e desejável que os garotos aprendessem a usar em casa alguns aplicativos para a aprendizagem de certas matérias. Conheço pais que usam o Google Earth para ensinar geografia a seus filhos. Ou astronomia com um programa tão atraente quanto o Starry Night (Noite Estrelada). Na escola, esses e muitos outros recursos de software poderiam ser adotados para ilustrar aulas, mas sempre sob estrita orientação do professor.
NÃO HÁ MILAGREEsperar que a simples disponibilidade do computador e da internet de banda larga na escola deflagre uma revolução na qualidade do ensino é mais que ingenuidade. Nenhuma ferramenta ou tecnologia tem esse dom mágico.
Na verdade, a grande revolução educacional que um país pode realizar é resultado da combinação de um conjunto de fatores tão conhecidos como: a) investimentos públicos prioritários em educação; b) melhor formação e atualização do professor; c) remuneração condigna e a perspectiva de uma carreira atraente ao educador; d) melhoria constante do ambiente escolar, dando-lhe mais segurança e funcionalidade; e) especial atenção à saúde e à nutrição dos alunos; f) atualização permanente dos currículos e do material didático; g) envolvimento direto da família e da sociedade no problema da educação.
Esse último aspecto me preocupa de modo especial, pois a maioria dos pais brasileiros não acompanha de perto a vida de seus filhos na escola, não conhece sequer seus professores, nem sabe o que suas crianças fazem na internet.
No Brasil, vivemos um momento paradoxal. Sem realizar nenhuma reforma em profundidade da educação no País, o governo federal anuncia um projeto no mínimo eleitoreiro: a distribuição de centenas de milhares de laptops e a instalação de terminais de acesso de banda larga à internet em todas as escolas de primeiro e segundo graus do País.
Os resultados efetivos desse projeto para a educação serão quase nulos. Como sempre, a maioria dos políticos e governantes só pensa em obter votos e não está interessada nas melhores soluções para o País.
Fonte: http://www.goldenlight.biz/

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Foto da Turma SERT - SENAC 2009


Chegou ao fim. Quase 2 meses juntos. Para alguns um recomeço, para outros um começo. Valeu TURMA!!!!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Como transformar clientes em fãs

Na era do relacionamento e das redes socias, não falamos somente em fidelização e lealdade, mas principalmente, em como transformar nossos clientes em fãs. E como diz os autores do livro BUZZMARKETING Ben McConnel e Jackie Huba: CRIAR CLIENTES EVANGELISTAS. Nunca se falou tanto em marketing boca a boca, como tratar o cliente como único e como fazer com que ele seja um formador de opinião à respeito de seu produto ou serviço. É uma tremenda volta aos tempos antigos, onde o comerciante usava a caderneta e sabia exatamente o que cada cliente consumia (comportamento de compra) e o tratava como um grande amigo, sabendo detalhes sobre sua vida. É um retrocesso. As empresas precisam ficar atentas e destinar suas verbas publicitárias muito mais a programas de marketing de relacionamento e ao canal internet, do que somente a publicidade em massa.
Veja o trecho de uma matéria que li no site Administradores, achei bem interessante:
“Meu negócio não é ter clientes. É ter fãs!”, confidenciou Ivan Naves, jovem empreendedor paulista, fundador da Auto-Estima oficina mecânica no bairro das Perdizes.
Gostamos de acreditar que temos foco no cliente. Não temos! Alguns dos nossos colaboradores até têm. Principalmente se são da equipe de vendas ou da área de marketing. Mas a grande maioria das pessoas dentro das empresas continua com o foco no produto, na tecnologia, no processo, na norma interna e no sistema. Aí reside a oportunidade para os Gestores de RH das empresas: ajudar a criar uma cultura em que TODOS estejam mais voltados para o cliente e não apenas a turma da área de marketing, vendas, comercial.
Mudar a forma de pensar da empresa criando uma Cultura de Clientividade, onde TODOS estão voltados para o cliente, esse o enigma dos vencedores. Essa a oportunidade estratégica do Gestor de RH.
As empresas que transformam clientes em fãs e apóstolos oferecem soluções integradas a seus clientes, em vez de apenas produtos de qualidade com preço competitivo. Oferecem solucionamento, em vez de apenas atendimento e relacionamento.
As empresas que vão além do encantamento são aquelas que percebem que a verdadeira revolução invisível provocada pela mudança na postura dos clientes os coloca defronte – não de um problema - mas de uma grande oportunidade de reinventar essa relação..." Texto de César Souza do portal Administradores

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Marketing 2.0

A proliferação da internet criou uma nova linguagem e o conceito de aldeia global, idealizado pelo sociólogo canadense Marshall McLuhan, expandiu suas fronteiras e alcança agora o profissional de marketing e vendas.
Com o advento da globalização, a concorrência está cada vez mais acirrada. E nesta luta de interesses, não é o grande que vence os pequenos na disputa de espaços. É o mais rápido que engole o mais lento. Tempo traz dinheiro, negócios bem sucedidos e profissionais reconhecidos. Então, é a estratégia de marketing e de vendas que garante bons resultados no mercado corporativo.Mudar o paradigma se faz necessário, já que ser o melhor não é suficiente porque todos estão empenhados em ser o melhor. Os profissionais devem competir para ser únicos, diferentes. E a combinação ideal para isso é ter conhecimento, habilidade e atitude. Não podemos esquecer o dinamismo, peça-chave de todo o processo.Diante dessas circuntâncias, torna-se imprescindível mesclar características diferentes da geração X com as da geração Y. A primeira tem mais experiência e a segunda, mais facilidade para adaptações e para assimilar as novas ferramentas tecnológicas. A geração Y (nascidos a partir de 1986) teve influências de heróis sociais e da sociedade pós 11 de setembro. Ela age, portanto, com mais determinação, entusiasmo e confiança em excesso.
O novo profissional de marketing está mais ambicioso, com enorme desejo de deixar sua marca pessoal na empresa e não está disposto a ser microgerenciado. É por esse motivo que ele tem necessidade de evoluir e construir um plano de carreira. Exige um desenvolvimento pessoal focado e, por consequência, espera crescer rapidamente.Essa é a tendência dos profissionais de marketing. Integrados com vendas, eles melhoram o conhecimento sobre o cliente e buscam formas de fidelizá-lo. No atual cenário, em que o mercado já está saturado, a fidelização torna-se ainda mais importante que a conquista de novos consumidores.A área de marketing é um campo fértil para a criatividade. Para consolidar uma marca, é preciso sair da zona de conforto e ousar, inovar com riscos calculados. Segmentar o mercado e especializar-se em uma categoria específica de consumidores são meios de se sobressair. Os profissionais de marketing têm sido, portanto, audaciosos na luta pela sobrevivência corporativa.
Fonte: Por Toni Sando - www.administradores.com.br

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Poema - Reflita

O poema abaixo foi escrito por uma das minhas alunas do Senac, a Kelly Cristine. Resolvi postá-lo por tratar-se de um texto tocante, que deveríamos ler frequentemente. Parabéns Kelly.
Reflita
Somos o que passamos ser diante de cada atitude tomada, apenas a mesma é capaz de revelar e subestimar o caráter de cada um.
Já é tempo de parar e refletir: “O que eu contribuí para tornar um mundo melhor”?
Antes de fazer isso pare e pense se você já mudou intimamente...
A capacidade de discernir o certo do errado está em acertar errando, mas nunca permanecer no erro.
Quando falamos em ações como: “Devemos amar o nosso inimigo, como o nosso amigo”, é fácil, mas difícil é praticá-la no dia a dia.
Para adquirir conhecimento é preciso estudar, para adquirir sabedoria é preciso observar. Jamais confunda conhecimento com sabedoria, pois um o ajuda a ganhar a vida e o outro a construir uma vida.
Por Kelly Cristine dos S. Santos

Minha turma do SERT/ SENAC


Gente, olha só a minha turma!! Esta foto foi tirada no dia do meu aniversário, detalhe, eu segurando os meus presentes. Quanto carinho!!! Obrigada eu adoreiiii.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A vovó das Havaianas

CARA LEITORA , você fala de sexo com sua avó? Se ela falasse com você sobre que tipo de cara é bom pra você ir para a cama, você ficaria à vontade? Ou do alto de seus 20 anos e do blábláblá sobre sua geração ser "sexualmente mais emancipada", você ficaria vermelha e, num reflexo ancestral, fecharia as pernas de vergonha? Pesquisas consideram as mulheres como índice significativo em termos de "progresso" nos comportamentos. Mulheres que transam fácil e falam disso com desenvoltura, isso seria indicação de "sociedades mais avançadas". Ainda que eu, como a cara leitora já sabe, não acredite muito nesse blábláblá de sociedade mais avançada. Africanas transam muito e a África está longe de ser avançada. Por que faço esta pergunta indiscreta? Perguntas sobre sexo são difíceis porque se mente muito nesse assunto. Não acredito que hoje se faça mais e melhor sexo do que se fazia antes. A dita revolução sexual é puro marketing de comportamento. Serve pra produzir comportamentos superficiais que vendem coisas relacionadas ao sonho de consumo sexual. No íntimo, a maioria continua insegura, solitária e mal resolvida, só que agora sabe falar bonito sobre a tal liberação sexual. Em setembro, estreou um comercial de um modelo de Havaianas onde uma jovem conversa com sua avó em um restaurante. Sua avó reclama de suas sandálias num local chique como o que elas estavam. Ela responde algo do tipo "deixe de ser antiga vovó". Entra um cara famoso e bonito no restaurante e elas olham. A vovó diz pra neta que aquele é o tipo de cara que ela deveria arranjar. A neta responde que casar com gente famosa não é bom. Aí vem o tiro da vovó, quando ela diz mais ou menos assim: "Estou falando de sexo e não de casamento menina!". Após reclamações do "público sensível", a agência de publicidade criadora do comercial colocou outro filme no ar, em que a atriz que faz a vovó, com um laptop no colo, faz referência explícita às reclamações e diz que a agência decidiu fazer esta segunda versão (que não encobre, e mais do que isso, assume o mal-estar causado pela primeira) em respeito aos ofendidos, mas que, ao mesmo tempo, mantém a primeira na internet em respeito aos que gostaram da "versão maldita". E ainda dá um olé: "Depois digam que não sou moderninha", e acrescenta "isso não é muito democrático?" Palmas para a agência e para o produto. Um baile nos chatos que não reconhecem a importância da autorregulação em publicidade e querem legislar sobre como as pessoas lidam cotidianamente com a banalidade e a falta de sentido da vida miúda. O problema da repressão à publicidade é que ela pode facilmente criar uma propaganda "frouxa" que só diz o que os chatos acham que pode ser dito. Um chato é uma pessoa que normalmente não tem muita criatividade e atrapalha quem tem. Não há como ser criativo sem correr riscos na vida. Entretanto, ainda que os envolvidos na criação do comercial tenham se saído muito bem dando uma lição de autorregulação e de como se deve agir numa sociedade difícil como a nossa, sem desistir da ideia "reprimida" pela hipocrisia do público ofendido, esse fato revela mais do que a vitória da criatividade sobre a repressão burra. O fato revela como somos todos reféns do que pessoas banais pensam, em seus apartamentos de classe média. A ideia de que o público seja mera vítima na sociedade de consumo conta apenas parte da história desta sociedade de consumo. E a fala da vovó, "isso não é muito democrático?", revela exatamente uma das agruras da democracia, sistema necessariamente aberto a estupidez pública. O consumo pode ser de fato uma ferramenta de enorme poder nas mãos do cidadão-consumidor. Esse "case" Havaianas revela a inteligência adaptativa da propaganda e como ela é uma fronteira na sociologia contemporânea. Uma personagem vovó brinca com o senso comum de que jovens "estão adiante de seu tempo" -uma bobagem que só tem valor quando utilizada pra vender alguma coisa. Jovens são "conservadores" com tudo o que dão valor e "progressistas" com tudo o que não dão valor, assim como todos os mortais. O personagem jovem como agente de mudança é um mito. Fora o mito, são repetidores de (novos) preconceitos, (novas) fofocas e (novas) repressões em meio às (velhas) baladas. Vou sair e comprar uma Havaianas dessas pra minha filha de 17 anos. Mesmo se for tudo uma grande criação de marketing, ainda assim, um show de bola.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo - Caderno Ilustrada - 05/10/2009

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Em falta...

Estou meia sumidinha, mas é um por ótimo motivo!!! Este final de ano está bem corrido, ainda bem!! Meus cursos estão agendados em dois locais, estou dando aulas no Senac e o novo site da ABCD está no ar.
Nada como estar envolvidas em vários projetos simultâneos em que todos me dão um imenso prazer. Agora só falta colocar nos eixos e administrar melhor o meu tempo e continuar me dedicando a este Blog, que gosto tanto e me inspira!!!

Marcia Pacini

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Campanha AmBev parte II

Hoje, como de costume, lendo o meu jornal, me deparo novamente com a campanha da AmBev, só que agora com a chamada: Nossa gente inova porque tem tradição em ouvir você.
O layout é o mesmo, a única diferença que desta vez a figura central é um mestre cervejeiro segurando uma skol beats.
Para variar a flechinha na cabeça continua, mencionando que o funcionário tem 15 anos de AmBev e é o mestre cervejeiro reponsável pelo desenvolvimento de novos produtos.
Agora notei que no caso dele, não tinha o crachá, como no caso do Paulo, campanha anterior. Por que será? Alto escalão, não usa crachá?
Marcia Pacini

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A principal matéria-prima da AmBev cresce dentro da empresa: gente

Quem teve a oportunidade de ver esta campanha publicada no Jornal Folha de São Paulo no dia 10/10/2009? Bom para quem não viu vou fazer um breve relato e uma consideração.
Primeiro o lado artístico uma foto enorme, em destaque, do supervisor de vendas: Paulo Cesar do Carmo, 11 anos de AmBev (esta informação estava bem pequena próximo a cabeça do vendedor com uma flechinha apontando para ele). Sorridente ele segurava uma garrafa da cerveja Brahma. Ademais, havia várias imagens em forma de caricatauras: Pessoas trabalhando e uma equipe abraçada, felizes. Agora o que me chamou bastante a atenção foi o crachá, que também estava em forma de caricatura, só que a foto não era a do Paulo Cesar e ao lado do no nome e função era um rabisco. Este crachá estava bem atrás do Paulo e dava a entender que pertencia a ele, porque não colocar então a foto dele caricaturada o seu nome e função? Bem melhor do que essas informações na cabeça dele com uma flechinha apontado!!!!
Tirando o mercado de serviços que geralmente já usufrui desta estratégia, eu venho notando como as indútrias de bem de consumo vem enaltecendo não só os seus produtos, mas bem como, a sua gente e o seus donos. Realmente estamos na Era das Pessoas e duas empresas, que eu me recordo que iniciaram com esta estratégia, foi as Casas Bahia e a Ultrafarma.
Marcia Pacini

Estudo revela como as marcas são vistas na web e os tipos de mídia

Mais um estudo demonstra o poder da mídia, a internet. Esta fonte de comunicação, que, como todas as outras ao surgir, não substituiu efetivamente outra midia, mas vem aos poucos abocanhando mercado e provando sua eficiência. De pensar que em 2001 quando iniciei minha faculdade de Publicidade e Propaganda as agências destinavam em média menos de 2% da verba total. Hoje encontramos campanhas, dependendo do produto e categoria, que são 100% digitais. Um meio de comunicação que no começo deixou muitos especialistas duvidosos sobre o seu real papel e eficácia em matéria de recall.
De pensar que em 2001, no meu primeiro ano de faculdade, eu já escrevia sobre a Internet. O tema do meu projeto de pesquisa foi "Vendas pela Internet" e um dos objetivos era comprovar a facilidade, comodidade e segurança ao comprar produtos pela Internet, justificando o propósito de estudar o crescimento mercadológico desta mídia. Em especial peguei as Lojas Americanas, uma das pioneiras no e-commerce. Quando apresentei o tema ao meu professor orientador, confesso que percebi um certo nariz torto, uma certa desacreditação!!!! Só o tempo mesmo para comprovar. Qualquer dia deste publico o projeto aqui.
Enjoy
Marcia Pacini
Hoje em dia a Internet é importante fonte de informações e referência para a avaliação de produtos e serviços, e os mecanismos de busca são uma das formas mais utilizadas para selecionar aquilo que é mais relevante. Os resultados podem afetar a percepção do consumidor, que faz pesquisas antes de comprar em busca de informações, além de poder contar com a recomendação de outros consumidores. A partir desse cenário, a E.Life, especializada em inteligência de mercado na web, realizou um estudo dos links que aparecem na primeira página de resultados nos mecanismos de busca na pesquisa por termos relacionados a diversas marcas e categorias.
Foram pesquisadas as quatro marcas mais lembradas segundo o estudo Top of Mind 2008, realizado pelo Datafolha, em 10 categorias - aparelho de telefone celular, aparelho de TV, banco, carro, cartão de crédito, companhia aérea, computador e acessórios, operadora de telefonia celular, seguro e supermercado - nos mecanismos de busca mais utilizados pelos brasileiros, Google e Yahoo!. Os resultados foram classificados em quatro tipos de mídia - sites corporativos (sites de empresas das categorias pesquisadas), sites de compra e venda (compreendendo sites voltados a vendas de produtos, de classificados e de comparação de preços), mídias geradas pelo consumidor (serviços de mídias sociais, como blogs, enciclopédias, sites de reclamação, sites de perguntas e respostas, entre outros) e sites de informações e notícias (sites de mídias jornalísticas, portais e outros sites meramente informativos).
Os resultados mostram que a participação de cada tipo de mídia na busca varia muito de categoria a categoria. Os sites corporativos são a maioria dos resultados da primeira página no caso de seguros (69%), operadoras de celular (60%) e bancos (86%). Os sites de compra, por sua vez, dominam os resultados para companhias aéreas (60%) e eletrônicos, como celulares (54%), aparelhos de TV (63%) e computador e acessórios (57%). Já as mídias geradas pelo consumidor representam um percentual importante dos resultados em categorias como cartão de crédito (37%), carro (26%) e computador e acessórios (22%). Os sites de informações e notícias têm menor participação na primeira página de resultados de buscas. Este tipo de mídia aparece em maior percentual somente na busca por marcas da categoria supermercado, com destaque a localizadores, como o site Apontador.
Apresentado durante o ProXXIma, evento sobre comunicação digital realizado em São Paulo no início de setembro, o estudo mostra que, em algumas categorias, como a dos cartões de crédito, as redes sociais ou mídias geradas pelo consumidor aparecem em peso na primeira página de resultado dos buscadores, o que demonstra que a opinião de outros consumidores, sejam elogios ou críticas, podem influenciar aqueles que ainda estão no momento pré-compra. Outra constatação é a de que sites colaborativos como o Wikipedia, sites de recomendação e reclamação como Reclame Aqui e fóruns como o Guia do Hardware aparecem frequentemente na primeira página de resultados das marcas. "Mesmo os internautas que não são participantes ativos nas mídias sociais podem ser influenciados por elas fazendo uma simples busca no Google ou no Yahoo", comenta Alessandro Barbosa Lima, diretor da E.Life.
Fonte: Vitrine Publicitária Setembro/2009

Palestra "A Arte de Vender" - Parceria FIESP e ADVB


A FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil) promovem gratuitamente a palestra A Arte de Vender. O palestrante Prof. Marcel Neumann, atua como professor há mais de 12 anos, é consultor e especialista em planejamento de vendas e gestão estratégico de negócios.
Dentro de vários temas que ele irá abordar nas suas duas horas de palestra, o professor comentará sobre O verdadeiro papel do vendedor e comprador e Técnicas de sucesso.

Dados do evento:
Data: 24/09/2009
Horário: 9h as 11h
Local: FIESP - Av. Paulista, 1313 14º andar

Maiores informações e inscrições, acesse: http://www.fiesp.com.br/newsletter/arte_venda/arte_venda.htm

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Curso: GESTÃO DE VIAGENS CORPORATIVAS

Este curso será ministrado por uma estimada amiga que possui sólida experiência de mercado e acadêmica. Ela pretende passar todo o seu conhecimento como Turismóloga, Especialista em Gestão e Gestora de Viagens Corporativa de uma multinacional por 16 anos. Somadas as experiências acadêmicas em Turismo, Hotelaria, Eventos, Consultoria, Secretarial e Gestão para Resultado.
Data do Evento: 24 e 31/10, 07 e 14/11, sábados, das 09h às 13h
Carga Horária: 16 horas
Local: São Judas Tadeu - Unidade Mooca
Investimento: à vista R$ 220,00 ou 2x R$ 110,00 ou ainda 4x de R$ 60,00.
**Promoção especial para alunos e ex alunos da USJT . Acessem o link para maiores informações e inscrições: http://www.usjt.br/cursos2/extensao_universitaria/mooca/gestao_viagens.php

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Senac realiza Design Essencial 2009



O Senac realiza a quarta edição do evento Design Essencial, com foco no tema A Democratização do Design. A escolha do tema baseia-se nas transformações sociais do século 21, que estimulam a criatividade individual e diversificam o design contemporâneo.
O encontro debate a importância da democratização do design, apresentando projetos que incluem todas as classes e setores da sociedade, sem deixar de lado as questões ecológicas, o bom uso da matéria-prima e a melhoria da qualidade de vida.
O evento é realizado em 19 unidades do Senac na forma de exposições, workshops, palestras, encontros e debates sobre o tema. É dirigido a arquitetos, decoradores, designers, designers de produto, empresários da área, estudantes e demais interessados no assunto.

Evento Gratuito
SENAC Santa Cecília
Data: 21/10/2009
Horário: das 14h as 19h30
Para inscrição e visualizar a programação do evento, acesse o link: http://migre.me/698X

Senac lança curso Perfumes: Comportamento e Estilo



Por meio da palestra Perfume e Moda, o Senac São Paulo faz dia 14/9/2009 o lançamento oficial do curso inédito Perfumes: Comportamento e Estilo, dirigido a profissionais das áreas de cosmética, perfumaria, moda e beleza.
A apresentação acontece no Senac Lapa Faustolo e é ministrada pela docente Sonia Corazza. Ela comenta a importância dos cheiros ao longo da história da humanidade e também seu papel no mundo da moda, além de abordar as possibilidades para desenvolver um estilo pessoal, o chamado marketing olfativo.

O Relatório Multi V de Hábitos e Atitudes 2004 (Abihpec e TS Interscience) confirma o mercado favorável, pois aponta que o perfume é comprado, em média, a cada dois meses e usado nove vezes por semana. Ou seja, o consumidor brasileiro é atraído pelo olfato e não hesita em investir em perfumes.
Palestra Gratuita
Local: Senac Lapa Faustolo
Horário: das 20 as 21h
Inscrição: Via on line, basta levar 1 kilo de alimento não-perecível

FIESP e Belas Artes promovem palestra gratuita


A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - FIESP e o Centro Universitário Belas Artes promovem a palestra: ADAPTAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DA ARQUITETURA INDUSTRIAL
Data: 09 de setembro de 2009
Horário: das 19h as 22h
Local: Belas Artes - Rua. Dr. Alvaro Alvim, 76 Vila Mariana
Inscrição: Gratuita
Conteúdo Programático:
- Quando e como fazer reformas
- Layout e circulação
- Sustentabilidade e meio ambiente
- Produção mais limpa
Para se inscrever gratuitamente, acesso o link: http://www.fiesp.org.br/Dempiser.nsf/FSCMD?OpenForm&cod=1485&endcod

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Aula Aberta na ESPM dia 03/09 - Revolução Digital

Hoje irá acontecer as 19h30 a palestra Revolução Digital e Impactos nos Meios de Comunicação e devido a grande procura, a ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing irá repetir a mesma palestra no dia 03/09 (quinta-feira). Não perca a chance, se inscreva já. Este evento é gratuito.
Tema: ”Revolução Digital e Impactos nos Meios de Comunicação"
Palestrante: Pedro Waengertner - Executivo na Área de Mercado de Alta Tecnologia e Professor dos Cursos de Pós-graduação da ESPM
Data: 03 de setembro
Horário: 19h30
Inscrições pelo e-mail: candidato@espm.br

sábado, 22 de agosto de 2009

Contém 1g, contém mais gramas?


Ao completar 10 anos, o Shopping Anália Franco, trouxe uma novidade aos seus consumidores, a expansão. Há uns 10 dias atrás, o shopping inaugurou o seu novo piso, Lírio. O novo piso conta com 76 lojas de variadas marcas consideradas "luxuosas", grifes do seu irmão Morumbi e Iguatemi. Até saiu no jornal que o coquetel de inauguração foi concorrídissimo, lotou.
Hoje, lendo meu jornal matinal, me deparei com um artigo na sessão Crítica de Loja, no caderno Vitrine, com a seguinte chamada: A maquiagem Teen que virou mulher. A nova loja-conceito usa vendedoras-maquiadoras na "empurroterapia".
Adivinha de que marca estamos falando? Já imaginou? Pense mais um pouco..hummmm maquiagem Teen...Claro, ela mesmo, Contém 1g. Primeiro que eu nem imaginava a Contém 1g no piso Lírio, no piso das marcas "luxuosas".
Agora o mais interessante foi a forma como a jornalista, com muita educação e criatividade, contou sua experiência ao entrar na loja. A primeira vista diz ela que pareceu legal a ideia de ser maquiada num local aconchegante, ouvindo um som bacana, até aí OK, "loja luxo serve para isso: apresentar a marca na prática". Só que depois de inúmeros produtos serem apresentados, testados, a jornalista se cansou da "ajuda" estar disfarçada em "convecimento".
Estava nítido que as vendedoras estavam empurrando vários produtos, a jornalista chegou a conclusão que em nenhuma hipótese, ela teria condições de seguir tal ritual diário, já que se contava com mais de 10 produtos envolvidos para uma "simples" sessão de maquiagem.
Geralmente em casa usamos, base, corretivo, pó, blush, máscara para os olhos, lápis e sombra. E olha que o meu noivo, quando me viu me maqueando, já achou um "mega" ritual. Vou levar ele na Contém 1g.
Agora para finalizar segue as palavras da própria jornalista: "Levo o batom com "pó de perólas" só para a moça não chorar . Por pouco mais (R$) se compra um da MAC, que, entre outras vantagens, contém mais gramas."
Por Marcia Pacini
Fonte: Folha de São Paulo

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Programa de Atividade na ESPM dia 26/08



Aproveite para se inscrever no programa de atividade: Corpo, Comunicação e Consumo com Dra. Josimey Costa (UFRN), que acontecerá no auditório Castelo Branco da Escola Superior de Propaganda e Marketing das 17h30 às 20h.
O objetivo desta aula será o de discutir a multidimensionalidade da cultura, da comunicação e do consumo como fenômenos contemporâneos, tendo em vista o corpo do sujeito e suas relações na sociedade midiática e estimular o debate sobre as práticas sociais resultantes da comunicação midiática na sociedade do consumo simbólico e suscitar posicionamentos críticos diante das questões debatidas.
Tópicos que serão abordados:
1. Comunicação e vinculação
2. O corpo como mídia
3. A cultura midiática
4. Consumo e pensamento
5. Corpos de consumição e de consumação
Este evento é gratuito. Inscrições pelo e-mail: centralinfo@espm.br

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Palestra: Comunicação e o Marketing

Ontem foi um dia dedicado a se relacionar, estar entre as pessoas, ouvir bons profissionais discorrendo sobre temas instigantes. Um dia dedicado a eventos.
Primeiro fui à palestra do SEBRAE ouvir sobre Plano de Negócios, e como já não é novidade, todos os presentes, que eram empresários, não tinham um plano de negócio. O palestrante, também empresário, deu uma chacoalhada no pessoal. Como assim? Então vocês vão para a Bahia sem um mapa? Sem um plano de onde parar, se hospedar, ou quanto gastar? Uma analogia bem interessante, pois o que será de nós sem um “guia”, um direcionamento? De uma forma simples de se colocar, é isso que se trata um plano de negócios.
Depois da palestra bati um papo com ele, e fiquei encorajada a realizar uma ideia que martela na minha cabeça. Como ele diz: o não eu já tenho o que vale é perguntar.
A mil por hora saio de lá e vou a outra palestra na ESPM em parceria com a FIESP: Marketing e Comunicação para pequenas e médias empresas: Mitos e Verdades, ministrada pelo professor Edson Crescitelli. Como estou na saga de desmistificar o marketing e quebrar resistências daqueles que acham que marketing é apenas picaretagem, sinônimo de mentiras e enganações, fui ouvir o que o professor tinha a dizer e é claro que adorei a forma como ele discorreu sobre as verdades e mentiras. Sabe o que é mais interessante desta parceria da FIESP com as Instituições de Ensino? As palestras servem de meio para informar dados interessantíssimos, por exemplo, eu não sabia que 52% da mão de obra estão nas mãos de micros e pequenas empresas e que 5 milhões e 100 mil micros empresas corresponde a 19% do PIB. É fantástico o incentivo à educação, cultura e informação da FIESP para com as empresa de pequeno e médio porte.
O professor Edson colocou uma observação muito importante sobre as métricas dos resultados de vendas x veiculação de campanha. Na internet, por exemplo, é possível mensurar, o tempo do internauta, quantidade de cliques, agora publicar um anúncio em jornal e revista é diferente, não dá para você co-relacionar com o resultado de vendas que virá no próximo mês e concluir se teve efeito ou não, pois o produto é exposto e o consumidor poderá optar em consumir naquele mês ou não, tudo dependerá se coincide com o momento em que ele deseja consumir, e o efeito está no apelo e no posicionamento do seu produto na campanha.
Eu vi duas ações de mídia Indoor que me chamaram muita atenção uma foi da Lux para a linha de sabonete líquido Lux Gotas de Beleza. Parece que a empresa já tinha feito uma campanha similar na Renner e houve tanto sucesso que decidiriam repetir só que agora na C&A. A ação inclui a adesivação de mais de 1,3 mil provadores das lojas a distribuição de 1,4 milhões de amostras dos produtos nos caixas. Uma ação bem direta com seus consumidores, a mulher deve passar no mínimo uns 10 minutos no provador, olha o tempo de exposição do produto/marca.
Outra ação bem interessante, foi a do Boticário dentro das academias de ginásticas de nove capitais do Nordeste. A empresa também se utilizou de mídia Indoor para promover a sua nova linha SPA. A linha Nativa SPA, foi criada baseada nos estados emocionais com elementos relativos as diferentes fases. A campanha está sendo veiculada em peças como boards e adesivos de espelho nos banheiros femininos, adesivos nas esteiras e balanças das áreas de musculação e sampling distribuídos por promotoras.
Com certeza o Boticário se atentou em realizar esta campanha em academias onde o maior número do público é o feminino. Mais uma vez, o mínimo que o Boticário ganha é uma exposição de 30 minutos. E que mulher que não gosta de sair “cheirosinha” da academia?

Agora uma ação de marketing institucional que foi de tirar o chapéu, foi o acordo/parceria que o Boticário fez com a Estação Ciência – USP, lançando o Espaço do Olfato, um local totalmente interativo que desvenderá um dos mais ricos e complexos sentidos do ser humano, o Olfato.
A proposta do Boticário nesta parceria é unir conhecimento com a vivência de novas sensações e emoções. Você aprende e ainda é impactado pela marca e o seu “cheirinho”. Detalhe o espaço com a exposição é permanente!!!
Good Idea, of course.

Por Marcia Pacini

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Decepção Imobiliária - ALERTA


A proposta prioritária deste meu Blog é disseminar informações pertinentes sobre eventos e notícias que competem ao Marketing: Novos Produtos, Reposicionamento, Comunicação, Endomarketing, CRM, Networking, Novas Tecnologias, Gestão da Informação, o Marketing na Era Digital e etc.
Como profissional da área, participo de todas as ferramentas possíveis que a rede social me proporciona, então, não poderia deixar de relatar uma situação pessoal, como forma de alerta. Tenho que honrar a minha profissão como publicitária, como “comunicadora”.
Nós cidadãos justos e honestos, temos que usufruir destas ferramentas chamadas “redes sociais” para alertar pessoas do bem, contar experiências vividas com intuito de ajudar o próximo.
Os fóruns, os Blogs tem caráter social e nos ajuda a ser transparentes. Tornamos o mundo aberto, nos conectamos, a rede é uma porta aberta. Temos a tecnologia e a velocidade da informação ao nosso favor.
Não podemos ser passivos, não podemos deixar de reclamar, contestar. É duro, mas, infelizmente o número de pessoas que reclamam ainda é pequeno, mas isso se deve a triste história da impunidade. As pessoas usam sempre o mesmo “jargão”.....”ahhhh não vai dar em nada mesmo”....”foi sempre assim, nunca vai mudar”.....”bem vindo ao mundo real”.....”saia do mundo de laurinha”...”infelizmente, a corda sempre estoura para o lado do mais fraco”...
OK, não vou mudar o mundo, mas posso e devo fazer o meu papel e sei que cada um de vocês também. Cada um tem o seu propósito, mas, vamos parar um pouquinho de olhar somente para o nosso próprio umbigo e ajudar o próximo? E é essa a minha função hoje aqui neste relato.
Não vivo numa utopia, mas acredito na força da transformação...
Sabemos que todas as profissões de todas as áreas, há profissionais do bem: éticos, honestos e responsáveis e também o contrário: antiéticos, desonestos e safados.
Não estou aqui para julgar ou falar mal dos corretores imobiliários, estou aqui apenas para relatar uma situação desagradável, na qual passamos com uma determinada imobiliária e seus corretores.
Por isso, procure ir atrás de informações antes de fechar qualquer negócio, seja compra ou locação de um bem.
Antes de qualquer coisa, consulte o site do CRECI para saber se os corretores e a imobiliária é mesmo afiliada, apesar de que infelizmente isso não ajuda muito, pois há corretores “do mal” cadastrado normalmente no CRECI.
Pesquise em sites como Procon e Tribunal de Justiça, vejam se eles não possuem alguma restrição. Coloque no google o nome deles, você pode achar alguma coisa. Veja em fóruns, orkuts, não tenha preguiça, evite dor de cabeça futura. Enfim, temos várias ferramentas de pesquisa na Web que nos proporciona uma imensidão de informações.
Lição que aprendemos, por falta de experiência e empolgação da compra do primeiro imóvel: Na opção de compra não assine somente você e a imobiliária, peça também para a parte denominada vendedores, também assinarem. Exija uma clausula de “desistência”, geralmente as construtoras na venda de imóveis novos colocam: Se os compradores desistirem perde o sinal, se os vendedores desistirem, pagam o sinal em dobro.
Na hora de assinar o contrato de compra e venda junto à imobiliária, exija o comparecimento dos vendedores, não assine somente você (s), não caia na lorota como caímos de que: “...ele trabalha essa hora...” mas amanhã de manhã eles estão vindo aqui assinar e já reconheceremos firma..”
Sabe o que resultou disso? Achávamos que já estávamos com um imóvel na mão, sentindo a felicidade da compra do primeiro imóvel e na verdade só fomos o plano B. Nos enrolaram e venderam o imóvel para outro e nada pudemos fazer, já que não tínhamos a assinatura dos vendedores.
Parece ser obvio, mas não é. Infelizmente ficamos um pouco cegos, e é por isso que também devemos sempre pedir para aqueles que são mais experientes, nos acompanharmos.
Não permita ser ludibriado!!!!!!
E para finalizar, saiba qual foi a imobiliária e os corretores que quebraram a ética e nos ludibriaram: i9imóveis, esta imobiliária fica na Rua Felipe Camarão, 450 – Tatuapé http://www.i9imoveis.com/
Corretores: Pedro Rinaldo Duda Creci 45106-F e Paula Esteves Lopes Creci 85269-F, inclusive, entramos com um processo por falta de conduta e uso indevido de logomarca junto ao CRECI-SP com o nº. de protocolo 2009/065896 e quem está cuidando do processo é a Dra. Camila cód. 884/2009. Vamos ver no que vai dar!!!

Faça o seu papel, divulgue.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Philip Kotler fala sobre os novos tempos do Marketing

Em julho de 2009 a Revista HSM Management publicou uma entrevista feita a Philip Kotler, a entrevista na íntegra é bem interessante, mas resolvi postar apenas um trecho que neste momento me chamou mais a atenção, já que estamos na febre das redes sociais, onde mais de 80% dos internautas brasileiros acessam alguma rede social, seja ela Orkut, Facebook, Twitter, Linkedin e etc. E soa para todos nós como uma revolução, onde o marketing tem que se reiventar e as empresas ficarem ainda mais atentas ao que os clientes dizem por aí. Eu particulamente sou super adepta a novas tecnologias e tudo que motiva a velocidade da informação. Leio meu jornal todo dia de manhã, gosto muito do impresso na hora de ler, mas é na WEB que passo mais de 7 horas por dia, pesquisando, trocando e-mails, cuidando dos Blogs, acessando twitter e pesquisando de novo...enfim...
Qual seria o papel da mídia digital no sistema de gestão do caos de companhias de todos os tipos? Ela torna mais fácil gerenciar essa situação?
Philip Kotler: A mídia digital tem dois papéis nessa história. Ela exacerbou a disponibilidade e a velocidade de transmissão de notícias tanto para o bem como para o mal. Para o bem, considere, de um lado, a rapidez com que a gripe suína se alastrou e, de outro, a rapidez com que as informações sobre ela circularam e com que os países tomaram precauções para proteger sua população. O aspecto nocivo é que as pessoas precisam lidar com a informação com cuidado. É mais fácil do que nunca circular desinformação e rumores que podem ferir ou iludir pessoas e empresas. Vivemos em uma era de muita informação e as empresas devem alocar recursos para detectar e gerenciar os fluxos dela. E, para isso, devem usar a própria mídia em sua função “para o bem”, nesse estado que eu denomino de “alerta vermelho permanente”.
As mídias tradicionais – jornais na linha de frente – vêm tendo sua morte anunciada todos os dias. O que o sr. pensa a esse respeito?
Philip Kotler: Mídias raramente morrem. Elas geralmente encolhem em nichos nos quais podem manter bom desempenho. A televisão não matou o rádio ou o cinema. Os computadores não mataram a televisão. Com relação à crise dos jornais, sei que é difícil manter um jornal funcionando com seu tamanho atual quando a receita de anúncios está se transferindo para a internet – e as pessoas jovens não recorrem aos jornais para obter notícias. Os bons velhos tempos dos jornais se foram de fato. Mas os jornais podem manter público tendo apelo mais especializado e indo para a internet. Não acho que os anunciantes consigam atingir seus objetivos se migrarem totalmente para a nova mídia digital. A maioria das empresas vai ganhar se usar um mix de novas e velhas mídias, cada uma fazendo o que faz melhor e sendo medida.
Qual é o papel das redes sociais para as empresas neste novo mundo caótico?
Philip Kotler: Redes sociais como Facebook, MySpace, Twitter e outras desafiam nossas práticas de Marketing tradicionais. Primeiro, porque as pessoas passam mais tempo conversando com amigos e família em seus computadores e telefones e, consequentemente, menos tempo vendo TV, cujos comerciais costumavam ser a maior fonte de influência publicitária. Hoje a porcentagem de mensagens sobre marcas vindas de fontes comerciais em contraposição a fontes sociais está diminuindo rapidamente. Então, cabe aos profissionais de Marketing fazer duas coisas. Uma é monitorar as conversas para descobrir se sua marca é tema de discussão e, se for, quão favorável ou desfavorável é a conversa. Está cada vez mais difícil para uma empresa hoje oferecer má qualidade e pouco valor sem que o boca a boca espalhe palavras venenosas sobre sua marca.
As companhias estão cada vez mais em um aquário e não têm escolha além de produzir boa qualidade em troca de dinheiro. Segundo, as empresas precisam descobrir melhores maneiras de identificar potenciais clientes com a mídia social. Seria maravilhoso se uma empresa como a Wilson pudesse comprar uma lista de todos os membros do Facebook que tivessem o tênis como hobby. Infelizmente o Facebook não vai vender esse tipo de informação, porque isso afastaria seus membros. O mínimo que a empresa pode fazer é inserir e circular informações sobre si mesma em mídias sociais como blogs, podcasts e outras. O Twitter, que está mostrando rápido crescimento, é particularmente promissor por poder carregar mensagens curtas sobre uma marca para um número enorme de pessoas em seus computadores ou celulares.

domingo, 9 de agosto de 2009

Honda faz ação inusitada nos cinemas de São Paulo



Pela pouquissíma diferença de valor entre ele e o Honda Civic, sou 1000 vezes o Honda Civic. Nada contra a GM mas este Honda City está com cara de Astra...

Da-lhe ação de marketing....


A Honda faz uma ação de Marketing nos cinemas Kinoplex Itaim, em São Paulo, para promover o novo modelo Honda City. Durante a exibição do comercial do Honda City em todas as sessões, um apresentador comentará os diferenciais do carro e, em seguida, convidará o público para um test-drive.
Neste momento, dez atores disfarçados na sessão sairão da sala partindo, supostamente, para uma concessionária Honda. A ação acontece até o final deste mês, antes dos trailers. A iniciativa é resultado de uma parceria entre a Circuito Digital – companhia de distribuição de conteúdo publicitário para cinemas – e a agência Banco de Eventos.
Fonte: Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing 07/08/2009

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Uso de banda larga móvel em todo o mundo cresce 30% no 2º trimestre

Ásia lidera crescimento da internet de alta velocidade no celular (36%). Navegação para assistir transmissões ao vivo aumentou 58%.
O tráfego de banda larga móvel cresceu 30% no mundo, durante o segundo trimestre deste ano, informou relatório da Allot Communications, empresa especializada em otimização de tráfego IP (Internet Protocol) nesta terça-feira (21/7).De acordo com a pesquisa, a Ásia é a região que liderou o crescimento no período, com 36%. A Europa veio em seguida, com 28%, e as Américas registraram 25% de aumento no uso de banda larga em celulares.A transmissão ao vivo pela internet foi o tipo de navegação que mais cresceu (58%), com visitas a sites de vídeos como YouTube e Hulu. Os downloads a partir de páginas da web, como MegaUpload e RapidShare, cresceram 34% globalmente.
O que mais congestiona a internet móvel é o uso de programas de compartilhamento de arquivos, que corresponde a 42% do consumo de banda nas áreas mais utilizadas para acesso móvel. Na média, a utilização corresponde a 21%.Os dados coletados se referem a mais de 150 milhões de assinantes das principais operadoras de celular do mundo. No Brasil, a adesão a linhas móveis caiu 36% no primeiro semestre.
Por Redação do IDG Now!
Publicada em 21 de julho de 2009.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Internautas brasileiros batem novo recorde


Ibope Nielsen Online divulgou um novo recorde para os internautas brasileiros, que navegaram, em média, 69 horas e 55 minutos no último mês de junho. Essa conta inclui acesso a caixas de e-mails, utilização de aplicativos como Messenger, redes sociais e programas de músicas. O estudo mostra que o Brasil continua na liderança em tempo de utilização da internet. Considerando somente a navegação em páginas da web, os brasileiros passaram uma média de 44 horas e 59 minutos conectados, tempo 10,6% maior do que o registrado no último mês de maio.
Fonte: Portal ABEMD - 16/07/2009 http://www.abemd.org.br/

terça-feira, 14 de julho de 2009

Pão de Açúcar investe R$3,3 mi em nova marca



Rede Pão de Açúcar lança uma nova identidade visual que estará nos pontos-de-venda a partir de 16 de julho. O novo visual da marca é o sexto ao longo dos sessenta anos de existência do grupo. A iniciativa para mudar partiu da expectativa do consumidor em relação à marca e, para isso, o grupo consultou institutos de pesquisa.
O objetivo era analisar o relacionamento do consumidor com a marca baseado em branding experience. Para isso, foram estudados consumidores de São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza, entre 16 e 65 anos e de classes AB. Apesar das diversas opções apresentadas, a nova logo atende a dois critérios: evolução sem perder a “identidade” por ser uma marca forte e foco no target mais maduro como referencial para o público mais jovem.
Este processo custou R$ 3,3 milhões e envolveu pesquisas, alteração em fachadas, materiais de ponto-de-venda e nova campanha que terá o conceito “Uma Nova Marca. O mesmo Pão de Açúcar“. Quem assina a nova identidade visual do Pão de Açúcar é a agência FutureBrand.
Por Thiago Terra, do Mundo do Marketing 14/07/2009

Carrefour desbanca indústria no lançamento de marcas



Que Procter & Gamble, Unilever e Nestlé que nada. O Carrefour foi a marca que mais lançou embalagens no primeiro semestre de 2009, aponta a Mintel através da ferramenta Global New Produts Database, que cobre 80% das embalagens lançadas e relançadas em supermercados nas cinquenta maiores economias do mundo. A pesquisa obtida pelo Mundo do Marketing ressalta o aquecimento do setor de marcas próprias, já que seis entre as 10 que mais realizaram lançamentos são varejistas. Por lançamento de embalagem entende-se como lançamento de novos produtos, extensões de linha ou apenas a mudança da embalagem.
A multinacional de origem francesa com mais de 15 mil lojas presentes em 30 países responde por 0,45% dos lançamentos em todo o mundo. Em seguida, vem Woolworths, com 0,32%. Como a pesquisa não diferencia as marcas com o mesmo nome, não dá para afirmar qual ou quais varejistas ocupam o segundo lugar, uma vez que o termo em inglês é bastante utilizado pelo varejo em vários países do mundo. O Grupo Carrefour também aparece na sétima posição através da rede Dia%, supermercados de menor porte presente em oito países. O Mundo do Marketing tentou durante mais de uma semana entrevistar um executivo da rede para comentar o resultado e dar sua visão sobre os lançamentos de produtos de marca própria no Brasil, mas a assessoria de imprensa afirmou que o porta-voz não pôde responder nossas perguntas a tempo. Outra marca com participação no Brasil presente entre as dez maiores é a Avon, em oitavo.
Design inferior de embalagens dificulta crescimento do setor
O bom resultado do Carrefour, na opinião de Fábio Mestriner, Professor Coordenador do Núcleo de Estudos de Embalagem ESPM, está no diferenciamento das embalagens da marca.“As embalagens do Carrefour não têm a cara da maioria das embalagens de marca própria que a gente vê por aqui. Essa baixa participação do setor no país se deve principalmente ao design das nossas embalagens de marca própria que são visualmente muito inferiores as dos produtos regulares. Elas informam ao consumidor que são inferiores aos produtos das marcas regulares”, explica.
A participação da marca própria no varejo brasileiro não passa de 6%, segundo a Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (ABMAPRO), enquanto que a média mundial é de 17,5%. A estimativa da entidade é crescer 15% em 2009.
O setor de cosméticos também se destaca, sendo a categoria que mais recebeu lançamentos no período. O aquecimento se reflete na lista de marcas, com a francesa Yves Rocher que vem em terceiro (0,31%). Completa o top 5 a varejista americana Tesco e a japonesa Topvalu.
Mesmo com crise, Brasil manteve o bom resultado de 2008
O Brasil destacou-se no ranking ocupando a segunda posição entre os países que mais lançaram produtos entre janeiro e junho, com 6% de participação. O país, que ocupa o sexto lugar no ranking referente ao ano de 2008, teve um crescimento de 57% em comparação ao mesmo período do ano passado, com 7.782 produtos. O Brasil passou à frente de Japão, Reino Unido, França e Alemanha, nações mais impactadas pela crise econômica. Os Estados Unidos manteve a liderança, com 13%. No total, foram 122,8 mil embalagens lançadas em todo o mundo.




O Brasil já havia fechado o primeiro trimestre com 8% de participação, alcançando o segundo lugar. A partir de abril, os outros países começaram a se recuperar, levando o país para a quarta posição no segundo trimestre. Outras nações emergentes como China e Índia aparecem em sétimo e oitavo, respectivamente. “Com a crise, a China perdeu duas posições. A Índia, que não estava no top 10, chegou ao oitavo lugar por conta do surgimento recente dos supermercados. Foi o que aconteceu no Brasil na década de 1950”, explica Fábio Mestriner, da ESPM, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Bom cenário para cosméticos refletem a ascensão da mulher na sociedade
Entre os tipos de produtos mais lançados, estão maquiagem para os lábios (3%), cuidado facial/pescoço (3%), biscoitos doces (3%) e produtos para o corpo (3%). Para Mestriner, o aquecimento no setor de cosméticos reflete uma preponderância da mulher na sociedade moderna. “Mesmo nas sociedades que reprimem as mulheres, elas são grandes consumidoras de maquiagem e lingerie. Já o biscoito tem alta aceitação, todo mundo come. No Brasil, essa é a categoria mais representada nos lançamentos”, completa o professor.
Outra tendência apontada são produtos com posicionamento de tempo/rapidez. Ocupando a sétima posição entre os posicionamentos mais utilizados em novos produtos, ele se reflete também na lista dos mais lançados, com queijo (2%), salgados e snacks (2%). A preocupação com o bem estar e sustentabilidade também se traduz nos posicionamentos “botânico/herbal” (14%) e "Sem aditivos/conservantes" (11%).
O tipo de embalagem mais utilizado foi a garrafa e a flexível (12% cada), além de tubo/bisnaga (6%) e caixa de cartão (5%). O plástico ainda é o material com maior representação (45%), seguido por vidro simples 7% e película metalizada 6%. “Lançar embalagem é ação de Marketing. Mas não pode passar de dois anos. Depois desse tempo, ficam velhas porque o cenário em volta dela continua mudando, e ela pode ficar para trás”, recomenda Mestriner.
Por Guilherme Neto, do Mundo do Marketing 14/07/2009.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

No consultório, marketing médico para atrair ‘pacientes-clientes’



Trata-se de uma matéria publicada no Jornal O Estado de São Paulo no Caderno Vida, em 2007. Esta matéria conta com a participação e depoimento do Sócio Diretor da ABCD Marketing Prof. Carlos Roberto Ventrilho, empresa de consultoria especializada na área da Saúde e também com o Dr. Décio Roveda Jr. um dos donos do Centro de Diagnóstico Femme - Laboratório da Mulher . Veja na íntegra:
Vista com ressalvas pelo CFM, prática inclui distribuição de banners e até dicas para falar em público e com a mídia.
Por Adriana Dias Lopes
A partir de R$ 500 por mês, o médico pode dar um empurrão na carreira. Isso se ele trabalhar em um consultório. No caso de uma clínica, o custo do sucesso pode ser o dobro. Os preços são referentes à média cobrada por empresas especializadas em marketing médico, que nunca arrebanharam tantos clientes como nos últimos anos.
Essas empresas convencem médicos a usar recursos básicos de publicidade, até pouco tempo impensáveis na profissão. São orientações como evitar usar roupa branca o tempo todo, ter logomarca própria e tratar o paciente como cliente – ou seja, como se ele sempre tivesse razão.
Não há estatísticas de quantos médicos recorrem ao meio publicitário para conquistar “clientes-pacientes”. Mas o curso de extensão em Marketing na Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) - R$ 500 por mês - mostra um caminho. Há quatro anos, quando começou, a maioria dos alunos vinha de hospitais (40% do total). Médicos, 20%. Na última turma, a situação foi inversa - 50% médicos e 20% hospitais. Os outros eram de laboratórios e planos.
O número de pacientes do radiologista Décio Roveda, da Santa Casa de São Paulo, triplicou nos últimos dois anos depois de mudanças drásticas na imagem e no foco de trabalho - resultado de trabalho duro de uma consultoria de marketing. Em 1994, ele e mais três sócios fundaram um laboratório de exames que não deu lucro até 2000. “Não bastavam nossas credenciais, éramos dispersos, íamos simplesmente atendendo as pessoas, sem nenhum plano lembra Roveda”.
De Grupo Integrado de Patologia Genital Feminina, o negócio passou a se chamar Femme Laboratório da Mulher. O alvo virou a mulher - apesar do antigo nome, eles atendiam homens e crianças. Uma consultoria de RH foi contratada e tudo passou a girar em torno do bem-estar da mulher - da distribuição dos aparelhos de imagens (ficaram mais próximos para evitar o deslocamento da paciente na clínica) às paredes rosa e banheiros decorados com flores e saches.
O grupo de médicos também contratou uma equipe para ajudá-los a promover palestras. Em dois anos, falaram de saúde da mulher no Memorial da América Latina e no Itaú Cultural. “Prestamos um serviço e o público acaba conhecendo o laboratório por banners e folhetos”, diz Roveda.
“Dificilmente hoje um médico dos grandes centros não usou pelo menos um instrumento de marketing nos consultórios nos últimos cinco anos”, avalia Luiz Cláudio Zenone, professor do curso de Marketing na Saúde da PUC. Para o Conselho Federal de Medicina (Resolução 1.701), o médico só pode usar os meios de comunicação leiga para prestar informações com fins educativos. A regra é obrigatória a todos os 130 clientes de uma das maiores empresas de marketing para médicos, a ABCD Marketing e Publicidade.
“O segredo é vincular o nome da clínica a campanhas. Não tem erro”, diz o publicitário Carlos Roberto Ventrilho, proprietário do lugar. “Época de dengue, por exemplo, meus médicos fazem palestras em escolas próximas ao consultório”, ensina ele.

Entre as dicas, ser o mais próximo possível do paciente, o que significa desde usar avental em vez de roupa branca (segundo regras, a roupa comum embaixo do avental dá a impressão de familiaridade) a telefonar (o médico e não a secretária) para o paciente lembrando do retorno.
Flávio Miura, neurocirurgião do Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo, passou a levar à risca o contato com o paciente depois de ter feito um curso de marketing. “Muita gente chegava a marcar consulta e não vinha. Minha agenda era cheia e meu consultório, vazio”, conta Miura. Quando notou que os que faltavam eram pacientes novos, começou a ligar para cada um. “Não me identificava como médico, mas perguntava o motivo da desistência”, lembra. “Eles tinham dificuldades de chegar ao HC.” Miura explicou - e até hoje faz isso - em detalhes o mapa do lugar, com dicas de estação de metrô, linha de ônibus e opções de estacionamentos. “O médico tem concorrência pesada e o paciente está cada vez mais exigente e informado”, diz o publicitário Ventrilho. “Ele não é mais o dono da bola, não pode mais ficar parado, esperando o paciente chegar e ficar.”
NA MÍDIA
Os assessores de imprensa têm também se especializado na área. A publicitária e jornalista Vanessa Mastro tem sete na lista. “Oriento para manterem linguagem didática com o jornalista para não sair bobagem publicada”, diz ela. “Depois que Vanessa passou a trabalhar comigo, os programas sensacionalistas de TV pararam de me ligar”, diz a psicóloga Margareth dos Reis, sua cliente.
Fonte: Jornal Estado de S. Paulo - Caderno Vida - Ano: 2007

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Pós-venda, por favor!



Como consultor de marketing e palestrante, viajo muito a trabalho pelo país. Hospedo-me em diversos hotéis, dos mais econômicos aos mais sofisticados, recebendo, no geral, um bom atendimento por onde passei. Claro, adequado a proposta de nível de serviços de cada local e ao seu posicionamento. Ocasionalmente, inconvenientes acontecem, mas nada que um problema pontual afete o meu apreço.
Só que eu tenho um hábito que, assumo, virou mania durante as minhas hospedagens: o de preencher os questionários de avaliação de qualidade de serviços. Sempre os preencho, não posso ver um pela frente que vou já marcando minhas impressões e, quando há um espaço disponível, dissertando minhas opiniões sobre o que achei dos serviços. Eu busco fazer a minha parte como cliente, fornecendo informações, parâmetros e referências à direção do hotel. E imagino que eu não deva ser o único. Acredito que muita gente, e, claro, não precisa ser especialista em marketing de serviços para isso, preenche os questionários que ficam disponíveis em diversos locais, principalmente dentro do guia de serviços presentes nas suítes.
Para as organizações hoteleiras, essas informações são valiosas para avaliarem suas operações de serviços. Pois, óbvio, são os hospedes que recebem os serviços, usam e verificam sua eficiência e prestatividade. Diferentemente da venda de um produto, que por ser físico, pode ser testado e avaliado dentro da fábrica pelas áreas de controle; na venda de serviços, que é um processo, é o cliente que cumpre essa função. Por mais que o atendimento e uma gerência próxima possa perceber variações de serviços dentro da qualidade proposta, é o cliente que usa, testa e, sim, avalia.
Só que sabemos, a maioria dos hospedes não tem essa mania. Mas tem opiniões. E amigos. E gostam de falar, bem ou mal. E assim vão construindo pelo boca-a-boca a reputação do estabelecimento, influenciando colegas e fixando uma imagem no mercado. Por essas duas razões, do controle de qualidade e da reputação, os questionários de avaliação não podem ser tratados como subserviços ou mera rotina administrativa.
E é essa a impressão que eu tenho como cliente, que ninguém gabaritado irá ler minhas respostas e quando ler será apenas para servir como fonte para a construção de planilhas e gráficos de desempenho que vão rechear uma apresentação em PowerPoint. Feedback para o cliente, que é bom, nada. Posso estar enganado, me baseio na minha experiência como cliente e nas opiniões de vários amigos e colegas que também compartilham a mesma impressão. De todas as vezes que eu preenchi questionários e sempre marcando (quando há a opção) que gostaria de receber uma resposta, dá para contar nos dedos de uma mão quando recebi uma ligação ou um simples e-mail. Parece que na hotelaria muito esforço é despendido para manter a operação rodando e pouco se trabalha no que chamamos de pós-venda.
O pós-venda em qualquer operação de serviços é fundamental. E é muito mais que tabular um questionário e até responder casos mais críticos. Pós-venda é a oportunidade para aprender com o cliente. E para aprender tem que conversar, fornecer feedback, abrir-se para o diálogo para aprofundar-se nas questões negativas e positivas. Afinal, uma coisa é entender que o atendimento da recepção levou nota 6 numa escala de 0 a 10. Outra coisa é entender o porquê. Quando se sabe o motivo, abre-se a possibilidade da reparação, do ajuste de um processo e da melhoria nos detalhes. Pois clientes enxergam e dão valor a detalhes que normalmente passam desapercebidos pela gestão.
Questionários de avaliação não podem ser um fim em si mesmo. E também não podem ser o único canal de atendimento a reclamações, dúvidas, sugestões e elogios. É preciso ter profissionais especializados cuidando dessa ponta do iceberg. Uma área de pós-venda para receber as opiniões dos clientes, entrar em contato com eles, ouvir, responder, explicar e agradecer. E aprender muito, funcionando como uma ouvidoria. Buscando soluções para os problemas levantados e fazendo circular as opiniões dos clientes dentro da organização para mobilizar e manter atentos todos os profissionais que atuam na linha de frente.
Uma organização para se tornar competitiva e inovadora precisa aprender com seus erros e acertos. Aperfeiçoando e aprimorando. E não há como fazer isso sem a ajuda de clientes que se dispõem a informar e explicar. Até porque, em tempos de Internet como mídia social, se a empresa não se dispor a ouvir, o cliente encontrará onde publicar sua visão, em fóruns, blogs, portais e comunidades. Aí já viu.
*Marcelo Miyashita é consultor e palestrante da Miyashita Consulting. E professor de Marketing de Serviços na pós-graduação da Cásper Líbero, no MBA da PUC-Cogeae e no GVpec da FGV-EAESP.
Por Marcelo Miyashita, do Mundo do Marketing 02/07/2009

Marcas populares ganham confiança da classe C



A ascensão da classe C no Brasil não é mais novidade. A maior parte da população consumidora do país mantém o crescimento também quando o assunto é a redução de gastos entre as outras camadas sociais. Este é um dos dados apresentados pela Troiano Consultoria de Marca em estudo feito em parceria com o IBOPE que ouviu 3.003 pessoas em nove regiões do Brasil. A pesquisa avaliou 64 marcas das categorias cerveja, financeiras, operadoras de celular e fast food quanto ao consumo popular no Brasil. Foram avaliados produtos, distribuição, preço, atendimento, comunicação e marca. O perfil traçado destes consumidores mostra que pequenos comércios são os principais pontos-de-venda frequentados e que produtos de beleza estão cada vez mais presentes nos estabelecimentos das classes sociais mais humildes.
Segundo o estudo, o consumo da classe C apresenta características comuns como um produto oferecer qualidade e atender as necessidades das pessoas. A distribuição precisa ser de fácil acesso, mas não é verdade que as classes mais humildes compram somente com base no preço baixo. Quanto ao atendimento, o consumo popular espera atenção e respeito enquanto a comunicação precisa apresentar propagandas interessantes. Com relação à marca, a exigência mostrada no estudo é ser especial de alguma forma.
Confiança X qualidade
A pesquisa avaliou 64 marcas sendo 17 de cerveja, nove financeiras, as cinco principais de telefonia celular e 33 empresas de fast food. Na categoria cerveja, apenas uma marca se destaca entre todas as outras no que se refere à confiança. Das empresas financeiras o preço aparece como o mais importante para a escolha da classe popular. O serviço de telefonia celular surpreendeu, já que uma marca mostrou desempenhou amplamente superior às demais com relação à distribuição e produto. O nome da marca não foi divulgado.
O resultado da pesquisa aponta para os princípios essenciais para que uma empresa possa ter sucesso ao fazer negócios voltados para a baixa renda. Fazer parte do plano aspiracional destes consumidores é o principal deles. “Marcas de confiança não resistem a produtos sem qualidade. Depenar produtos não garante o sucesso de uma marca e o preço não é necessariamente gerador de confiança”, diz Cecília Russo, sócia-diretora da Troiano Consultoria de Marca.
Um dos motivos que constroem um cenário favorável para as marcas voltadas para as classes de menor poder aquisitivo é que estes consumidores acreditam que vão melhorar de vida. Desta forma, surge a oportunidade para empresas que podem acompanhar o projeto aspiracional e participar da materialização dos sonhos destes consumidores.
Gosto pela baixa renda
A Ricardo Eletro desponta como uma das principais redes varejistas do Brasil principalmente quando a questão é preço. Para atingir o sucesso de vendas, o presidente da rede, Ricardo Rodrigues Nunes, destaca o desafio de treinar seus funcionários para atender o público, saber e entender do que eles gostam. “Tem que pegar pelo braço, abraçar, sentir o cheiro deles. Todos os sábados eu estou nas lojas e até faço a entrega dos produtos na casa dos clientes”, conta o executivo.
De acordo com Ricardo Nunes, o treinamento dos vendedores tem muito a ver com o trabalho de sapatos. “Temos que agachar, tirar a meia, sentir o chulé deles, buscar produtos e oferecer todos os que estiverem disponíveis. Temos que mostrar para eles o suor na camisa”, afirma o presidente da Ricardo Eletro durante a palestra no Painel de Tendências – Consumo Popular e as Marcas, que ocorreu no Auditório do Globo, no Rio de Janeiro.
Além de entrar no mundo destes consumidores, é necessário gostar de estar entre eles. Além disso, na Ricardo Eletro, vender de forma diferente da concorrência, sem formalidade, é um recurso de sucesso. Preço não é tudo e ter uma loja bonita é obrigação porque as classes mais populares se sentem mais valorizadas. “Falar a verdade para este público é muito importante. Por isso pedimos para quem não quiser enfrentar filas ou entrar em lojas cheias ficar em casa. Desta forma ele não ficará irritado se estiver na fila por muito tempo”, ensina Ricardo Nunes.
Perfil e novas concorrências
Apesar de pertencerem às camadas mais pobres da sociedade brasileira, os consumidores de baixa renda não querem ser vistos como pobres. Um bom exemplo dado por Jaime Troiano, sócio-diretor do Grupo Troiano, são as diferenças entre mulheres de classe AB e as da classe C. “Na classe C temos consumidoras com mais paciência, que valorizam a atenção dada pelo vendedor. O pobre não quer se sentir mais pobre na hora da compra”, avalia Troiano.
Para entender melhor os hábitos de consumidores de baixa renda e planejar um projeto de sucesso voltado para eles, “basta olhar para os modelos de negócio da Rocinha e não implantar os que são feitos nos EUA. Precisamos entender o Brasil de 100 milhões de pessoas”, afirma André Torreta, autor do livro "Mergulho na Base da Pirâmide".
Prova da complexidade de atingir e manter uma relação de confiança com a classe C no Brasil é que as operadoras de celular ganham cada vez mais concorrentes, mas esses não oferecem planos de telefonia. "Hoje uma lan-house concorre com as operadoras de celular porque com R$1,00 estes consumidores se conectam e falam com diversas pessoas e deixam de comprar um cartão pré-pago”, compara a antropóloga e doutora do Instituto Coppead de Administração/UFRJ, Carla Barros.
Por Thiago Terra, do Mundo do Marketing 07/07/2009

terça-feira, 7 de julho de 2009

Revolução digital dará novos rumos ao Marketing



A comunicação está passando pelo principal período de uma revolução digital. O motivo é simples: próximos dos 30 anos de idade, executivos que nasceram na Era Digital junto à internet, nos anos 1980, estão se tornando líderes das empresas do setor e consequentemente trazem novos desafios para os profissionais de Marketing. Esta afirmação é feita por Walter Longo, Vice-Presidente de Estratégia e Inovação da Young&Rubican.
Esta revolução digital pode ser comparada ao conceito desenvolvido por Shel Silverstein, o Tesarac. A associação ao termo se dá por conta da mudança que ocorre na comunicação com paradigmas que deixam de fazer sentido enquanto surgem outros que ainda não podem ser totalmente mensurados. Por isso, hoje existem três tipos de consumidores: os turistas digitais; os imigrantes digitais; e o nativo digital.
Se antes a comunicação podia ser comparada a um jogo de boliche, com o objetivo de acertar todos os pinos com uma bola, de uma só vez, hoje o jogo mudou. De acordo com Walter Longo agora estamos diante de um pinball, já que a comunicação bate e volta, e o emissor não sabe a força com que ela chega e muito menos com o impacto que ela vai causar.
Mídia digital dita novos rumos
No cenário atual os consumidores se encontram “presos” às mídias tradicionais e esta realidade não deve mudar tão cedo. “Apesar de ver o surgimento de novas mídias, não sabemos a real dimensão que elas terão no futuro e este é o presságio para um impacto nunca visto antes”, diz Walter Longo, em entrevista ao Mundo do Marketing. Neste cenário, a internet surge como a principal ferramenta por oferecer comunicação instantânea e que pode ser editada ao mesmo tempo.
Isto é o que a diferencia das outras mídias, segundo Longo. “Mídia nova não mata mídia velha. Os meios impressos são editáveis e não instantâneos porque eu decido a hora e o local em que vou consumir. Já a mídia eletrônica é instantânea, mas não editável porque eu só posso consumi-la onde ela estiver. Desta forma elas tornam-se complementares para a comunicação do homem”, conta.
Desta forma, as empresas de comunicação estarão cada vez mais se envolvendo com mídias digitais só que de maneira exponencial. “A revolução digital será feita por novas mídias que vão abranger muitos consumidores e qualificar a mensagem ao mesmo tempo. Além disso, ela será mais acelerada do que se imagina” afirma o Mentor do Grupo Newcomm durante a palestra “O Mundo Digital e os novos desafios do Marketing” promovida pela Rede Elemídia em comemoração aos cinco anos de atuação da empresa no mercado de mídias alternativas do Rio de Janeiro.
Tendências irreversíveis
A chegada da revolução digital aponta para duas tendências irreversíveis na comunicação. A primeira é a que trata da passagem de uma comunicação massificada para a individualização da mensagem. Isto significa falar com cada individuo de forma diferente sem ter o custo elevado que havia antes da comunicação digital.
A segunda tendência apresentada por Walter Longo é que os meios podem misturar o conteúdo editorial com o publicitário sem precisar de interrupções. O modelo atual usa a interrupção para chamar a atenção do consumidor com um comercial, mas o que acontece é a mescla entre mensagem e entretenimento. “Hoje já é possível que uma empresa que não é mídia se torne mídia. Temos cada vez mais anunciantes produzindo conteúdo, games, entre outras formas de entreter. Se antes os anunciantes eram obrigados a usar uma mídia para chegar ao público, hoje a empresa se transforma em mídia e atinge o seu consumidor”, aponta.
Fato é que as mídias digitais estão dificultando cada vez mais a relação entre o consumidor e as mídias tradicionais. O principal fator para a mudança de comportamento é que o consumidor não quer e não precisa mais esperar a TV anunciar as notícias porque ele pode obtê-las na internet.
Revolução humana com novo perfil
Antes de ser tecnológica, a comunicação está passando por uma revolução humana que está divida em três tipos de perfil de consumidor. Os turistas digitais são os que entram vez ou outra na internet e têm dificuldades em manusear um iPhone, por exemplo. Outros são vistos como imigrantes digitais, já que se “mudaram” para este mundo, mas não são originários dele. Por último está o nativo digital, que hoje não considera a internet uma tecnologia porque ele já nasceu inserido nela.
Segundo Walter Longo, são os nativos digitais os grandes responsáveis pela revolução digital. “A tecnologia para eles já é comum e estes executivos assumirão em breve o poder das empresas e começarão esta revolução. Apesar de perceber isto, não sabemos quão rápido e o impacto que esta revolução vai gerar na comunicação”, explica o executivo ao site.
As características principais entre os consumidores apresentam diferenças básicas com relação à revolução digital que se anuncia. Enquanto alguns têm medo das novas formas de comunicação e preferem se manter longe delas, outros tem prazer em conhecer e consumí-las assim que surgem no mercado. Os consumidores que compõem a Neofobia são geralmente menos jovens, urbanos e menor instrução digital. Já a Neofilia é composta por pessoas cada vez mais jovens, mais urbanos e educados.
Mídia na hora certa
Oriundas da internet, as mídias Out of Home não se baseiam no modelo de interrupção tradicional. Denominada de Outernet, estas mídias atingem consumidores em diferentes lugares ao mesmo tempo, de forma segmentada. O objetivo delas é impactar as pessoas enquanto elas estão paradas obrigatoriamente, seja na fila do banco ou no elevador.
Outra característica destas mídias é atingir os consumidores no momento em que as tradicionais não estão sendo efetivas. “Ela está na contramão das outras mídias e é um lubrificante social porque gera boca-a-boca e as pessoas fazem comentários sobre o assunto”, diz Longo.
De acordo com o Vice-Presidente de Estratégia e Inovação da Y&R as mídias Outernet possuem grande potencial em países em desenvolvimento porque estes oferecem mais tempo de espera ao público. A mídia Out of Home está aproximando a audiência com a atenção do público; a abrangência da mensagem com a eficiência da mesma; e ainda o ponto de impacto com o de consumo. “Ela é abrangente, relevante, não invasiva, qualificada, útil e faz as pessoas se comunicarem”, completa Walter Longo.
Por Thiago Terra, do Mundo do Marketing 02/07/2009