terça-feira, 30 de junho de 2009

Boa comunicação é diferencial competitivo para as empresas



Recentemente dei um treinamento de comunicação escrita para a equipe de vendas de uma construtora. A empresa tem um magnífico site de internet, que dá um show de informação sobre os imóveis e permite que os visitantes troquem mensagens de chat com os corretores.
Porém, por falta de traquejo em comunicação, os corretores tinham dificuldade para manter as pessoas interessadas na conversa, e a maioria dos chats era interrompido sem que fosse atingido o objetivo do atendimento: iniciar um relacionamento com elas.
O caso da construtora exemplifica uma situação bastante comum nesta “Era da Informação”, como está sendo chamado o atual ciclo de desenvolvimento da humanidade. As empresas investem fortunas em computadores, sites de comércio eletrônico, redes de banda larga, smartphones e toda uma parafernália tecnológica para fazer circular a informação. Mas as pessoas que utilizam essa tecnologia, embora saibam muito bem operar equipamentos, nem sempre têm habilidade para comunicar-se, o que compromete os resultados esperados pela organização.
Para prevenir essse problema, as empresas têm procurado contratar pessoas com bom domínio da língua portuguesa. Em seus processos seletivos, submetem os candidatos a testes de redação e barram aqueles que não falam bem na entrevista. Mas será que isso é o bastante? Parece que não. Embora o domínio do idioma seja essencial, a habilidade de comunicação vai um pouco além disso: implica saber escrever um e-mail objetivo, fazer uma apresentação impactante em PowerPoint, argumentar consistentemente para defender um projeto ou, como no caso daquela construtora, envolver o cliente por meio de um chat.
A maioria das pessoas têm dificuldade para realizar bem essas atividades porque, geralmente, os cursos acadêmicos ou profissionalizantes não incluem a comunicação interpessoal entre suas disciplinas. Mais tarde, no dia a dia do trabalho, os profissionais precisam constantemente expor idéias verbalmente ou por escrito e o fazem com os recursos que têm, o que muitas vezes gera mal-entendidos, conflitos de informação, perda de produtividade e de negócios.
Felizmente, muito se pode fazer pelo aprimoramento da comunicação nas empresas. Existem cursos que ensinam a roteirizar eficientemente uma apresentação corporativa, redigir textos com objetividade e clareza, eliminar vícios de linguagem, negociar com maior eficiência ou superar bloqueios e inibições para falar em público. Quando recebem a orientação adequada e as ferramentas necessárias, as pessoas passam a comunicar-se com mais consciência e obter melhores resultados. Até sua produtividade e motivação aumentam!
Num mundo em que é tão importante investir em tecnologia da informação, não se pode deixar de lado o investimento naqueles que acessam, geram, interpretam e transmitem a informação. As empresas que pensarem dessa forma terão, sem dúvida, um importante diferencial competitivo na era em que vivemos.
Regina Giannetti Dias Pereira Jornalista, instrutora de cursos de comunicação e palestrante. Fonte: Site Academia do Palestrante - Junho de 2009

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