domingo, 2 de setembro de 2007

Futuro é da mídia pessoal e participativa e O Ranking dos Influenciadores


Algumas agências de Publicidade que sempre destinaram uma margem maior da verba em mídia de massa, estão revendo os seus conceitos. Estamos numa era em que os maiores sites de sucesso são o Youtube, Orkut e Second Life e nunca se viu tantos blogs e fotologs na rede. Com a entrada da TV digital o gosto pela interatividade irá se atenuar. Como seguir esta tendência? Para reafirmar a nova realidade do relacionamento das pessoas com as mídias, acrescentei um texto retirado do Madiamundomarketing sobre uma pesquisa que comprova que as principais pessoas que nos influenciam para o consumo são os nossos amigos, familiares e conhecidos, ou seja, o boca a boca é muito forte, mas também mostra que provavelmente daqui há uns 10 anos o principal influenciador será o especialista, uma pessoa estranha mas com alto nível de conhecimento e autoridade. Vejam a posição que se encontra a propaganda e um novo influenciador “os bloggers”.
Marcia Pacini
Futuro é da mídia pessoal e participativa
Convidados a discutir como deve ser o conteúdo da comunicação das marcas para obter resultados significativos diante da nova realidade de relacionamento das pessoas com as mídias e a publicidade, Eduardo Fischer (presidente do conselho do Grupo Total), Rodrigo Etchenique (presidente da Synapsys) e Alberto Cerqueira Lima (presidente da Copernicus Marketing Consulting) foram os palestrantes da tarde desta sexta-feira, 24, no ENA - Encontro Nacional de Anunciantes, que acontece no Royal Palm Plaza, em Campinas, pela ABA - Associação Brasileira de Anunciantes.
Fischer abordou a influência da audiência fragmentada na eficácia da publicidade. "O consumo de mídia mudou repentinamente. Os nativos digitais têm comportamento diferente como consumidores em relação às gerações anteriores", reconheceu. Ele engrossou o coro dos que acreditam que hoje o maior poder de geração de conteúdo está nas mãos do consumidor. "Caminhamos para um mundo super interativo, com conteúdo criado por todos, gerando um profundo poder de transformação. A mídia de massa divide holofotes com uma mídia pessoal e participativa", salientou.
Segundo seu raciocínio, este novo cenário interfere decisivamente na maneira como as empresas devem falar com seus consumidores. "Cria-se a tirania da transparência. Quem mente, morre. O consumidor não se engana por muito tempo, pois, atualmente, sua força é enorme, para o bem e para o mal", ressaltou Fischer.
Etchenique defendeu que, independente do público ou da plataforma que se use, o diferencial da comunicação está no engajamento que ela é capaz de provocar. "As verbas destinadas à propaganda já não geram os mesmos resultados do passado. Entre outros motivos porque as pessoas hoje querem descobrir produtos, mas não ser descobertos por eles", salientou.
A sugestão de Etchenique é que as marcas trabalhem com os "influenciadores digitais". "O foco deve ser especialmente os uploaders, que colocam tudo o que pensam e sentem na internet. Geralmente eles não gostam de propaganda invasiva, mas gostam de marcas", acredita.
Cerqueira Lima, por sua vez, discutiu os motivos pelos quais há altos índices de fracasso nas estratégias de marketing empreendidas atualmente no mercado brasileiro. "O cenário atual é muito complexo para que as decisões sejam tomadas somente com base na intuição. Além disso, falta tempo para se fazer a coisa certa e, por outro lado, há muito desperdício de tempo com coisas inúteis", provocou, criticando ainda a obsessão por resultados a curto prazo e a ausência de monitoramento das estratégias em curso.
O Ranking dos Influenciadores
Dez anos depois de seu primeiro estudo, a UNIVERSIDADE DE MASSACHUSETTS acaba de divulgar – agosto/2007 – o “tracking” de seu ranking das pessoas que mais nos influenciam em nossas decisões de consumo. Pessoas em quem reconhecemos conhecimento e especialização, ou em quem confiamos, e que sempre consultamos antes de realizar uma compra.
Como na pesquisa anterior, a de 1997, AMIGOS, FAMILIARES e CONHECIDOS continuam na liderança com ligeira queda – 8.8 em 1997, e 8.6 em 2007. A grande surpresa encontra-se na segunda colocação, e que certamente será a primeira daqui há 10 anos, e no próximo “tracking”. PESSOAS ESTRANHAS, MAS COM RECONHECIDA EXPERIÊNCIA E AUTORIDADE, subiram da 9ª para a 2ª posição, saltando do índice de 4.2 para 7.9, numa clara indicação que cada vez mais nós, consumidores modernos e sensíveis, estamos optando por recorrer ao aconselhamento e recomendação de especialistas, ainda que desconhecidos – fora de nosso círculo de relacionamento.
Nas posições seguintes, a recomendação dos professores, despencando do primeiro lugar de 10 anos atrás para o terceiro – de 9.2 para 7.3 -, o mesmo acontecendo com a orientação de mentores religiosos – de 9.0 para 6.9 -. A mídia perdendo importância: jornais e revistas caindo de 8.1 para 6.1; rádio de 6.8 para 5.5, e televisão de 6.8 para 5.5, também. A propaganda cada vez com menor credibilidade, dos 3.3 de 1997 para 2.2 de 2007, e uma instituição que não existia há 10 anos aparece no ranking com surpreendentes 2.8, os BLOGGERS, já acima da propaganda.
O Futuro é da Mídia Pessoal e Participativa - Fonte: Mmbymail – Últimas Notícias do Meio&Mensagem 24/08/07– autor do texto Alexandre Zaghi Lemos
O Ranking dos Influenciadores: Fonte: Landmarketing a Newsletter do Mundo do Marketing – Edição nº 433 29/08/07

Nenhum comentário: