quinta-feira, 23 de julho de 2009

Uso de banda larga móvel em todo o mundo cresce 30% no 2º trimestre

Ásia lidera crescimento da internet de alta velocidade no celular (36%). Navegação para assistir transmissões ao vivo aumentou 58%.
O tráfego de banda larga móvel cresceu 30% no mundo, durante o segundo trimestre deste ano, informou relatório da Allot Communications, empresa especializada em otimização de tráfego IP (Internet Protocol) nesta terça-feira (21/7).De acordo com a pesquisa, a Ásia é a região que liderou o crescimento no período, com 36%. A Europa veio em seguida, com 28%, e as Américas registraram 25% de aumento no uso de banda larga em celulares.A transmissão ao vivo pela internet foi o tipo de navegação que mais cresceu (58%), com visitas a sites de vídeos como YouTube e Hulu. Os downloads a partir de páginas da web, como MegaUpload e RapidShare, cresceram 34% globalmente.
O que mais congestiona a internet móvel é o uso de programas de compartilhamento de arquivos, que corresponde a 42% do consumo de banda nas áreas mais utilizadas para acesso móvel. Na média, a utilização corresponde a 21%.Os dados coletados se referem a mais de 150 milhões de assinantes das principais operadoras de celular do mundo. No Brasil, a adesão a linhas móveis caiu 36% no primeiro semestre.
Por Redação do IDG Now!
Publicada em 21 de julho de 2009.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Internautas brasileiros batem novo recorde


Ibope Nielsen Online divulgou um novo recorde para os internautas brasileiros, que navegaram, em média, 69 horas e 55 minutos no último mês de junho. Essa conta inclui acesso a caixas de e-mails, utilização de aplicativos como Messenger, redes sociais e programas de músicas. O estudo mostra que o Brasil continua na liderança em tempo de utilização da internet. Considerando somente a navegação em páginas da web, os brasileiros passaram uma média de 44 horas e 59 minutos conectados, tempo 10,6% maior do que o registrado no último mês de maio.
Fonte: Portal ABEMD - 16/07/2009 http://www.abemd.org.br/

terça-feira, 14 de julho de 2009

Pão de Açúcar investe R$3,3 mi em nova marca



Rede Pão de Açúcar lança uma nova identidade visual que estará nos pontos-de-venda a partir de 16 de julho. O novo visual da marca é o sexto ao longo dos sessenta anos de existência do grupo. A iniciativa para mudar partiu da expectativa do consumidor em relação à marca e, para isso, o grupo consultou institutos de pesquisa.
O objetivo era analisar o relacionamento do consumidor com a marca baseado em branding experience. Para isso, foram estudados consumidores de São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza, entre 16 e 65 anos e de classes AB. Apesar das diversas opções apresentadas, a nova logo atende a dois critérios: evolução sem perder a “identidade” por ser uma marca forte e foco no target mais maduro como referencial para o público mais jovem.
Este processo custou R$ 3,3 milhões e envolveu pesquisas, alteração em fachadas, materiais de ponto-de-venda e nova campanha que terá o conceito “Uma Nova Marca. O mesmo Pão de Açúcar“. Quem assina a nova identidade visual do Pão de Açúcar é a agência FutureBrand.
Por Thiago Terra, do Mundo do Marketing 14/07/2009

Carrefour desbanca indústria no lançamento de marcas



Que Procter & Gamble, Unilever e Nestlé que nada. O Carrefour foi a marca que mais lançou embalagens no primeiro semestre de 2009, aponta a Mintel através da ferramenta Global New Produts Database, que cobre 80% das embalagens lançadas e relançadas em supermercados nas cinquenta maiores economias do mundo. A pesquisa obtida pelo Mundo do Marketing ressalta o aquecimento do setor de marcas próprias, já que seis entre as 10 que mais realizaram lançamentos são varejistas. Por lançamento de embalagem entende-se como lançamento de novos produtos, extensões de linha ou apenas a mudança da embalagem.
A multinacional de origem francesa com mais de 15 mil lojas presentes em 30 países responde por 0,45% dos lançamentos em todo o mundo. Em seguida, vem Woolworths, com 0,32%. Como a pesquisa não diferencia as marcas com o mesmo nome, não dá para afirmar qual ou quais varejistas ocupam o segundo lugar, uma vez que o termo em inglês é bastante utilizado pelo varejo em vários países do mundo. O Grupo Carrefour também aparece na sétima posição através da rede Dia%, supermercados de menor porte presente em oito países. O Mundo do Marketing tentou durante mais de uma semana entrevistar um executivo da rede para comentar o resultado e dar sua visão sobre os lançamentos de produtos de marca própria no Brasil, mas a assessoria de imprensa afirmou que o porta-voz não pôde responder nossas perguntas a tempo. Outra marca com participação no Brasil presente entre as dez maiores é a Avon, em oitavo.
Design inferior de embalagens dificulta crescimento do setor
O bom resultado do Carrefour, na opinião de Fábio Mestriner, Professor Coordenador do Núcleo de Estudos de Embalagem ESPM, está no diferenciamento das embalagens da marca.“As embalagens do Carrefour não têm a cara da maioria das embalagens de marca própria que a gente vê por aqui. Essa baixa participação do setor no país se deve principalmente ao design das nossas embalagens de marca própria que são visualmente muito inferiores as dos produtos regulares. Elas informam ao consumidor que são inferiores aos produtos das marcas regulares”, explica.
A participação da marca própria no varejo brasileiro não passa de 6%, segundo a Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (ABMAPRO), enquanto que a média mundial é de 17,5%. A estimativa da entidade é crescer 15% em 2009.
O setor de cosméticos também se destaca, sendo a categoria que mais recebeu lançamentos no período. O aquecimento se reflete na lista de marcas, com a francesa Yves Rocher que vem em terceiro (0,31%). Completa o top 5 a varejista americana Tesco e a japonesa Topvalu.
Mesmo com crise, Brasil manteve o bom resultado de 2008
O Brasil destacou-se no ranking ocupando a segunda posição entre os países que mais lançaram produtos entre janeiro e junho, com 6% de participação. O país, que ocupa o sexto lugar no ranking referente ao ano de 2008, teve um crescimento de 57% em comparação ao mesmo período do ano passado, com 7.782 produtos. O Brasil passou à frente de Japão, Reino Unido, França e Alemanha, nações mais impactadas pela crise econômica. Os Estados Unidos manteve a liderança, com 13%. No total, foram 122,8 mil embalagens lançadas em todo o mundo.




O Brasil já havia fechado o primeiro trimestre com 8% de participação, alcançando o segundo lugar. A partir de abril, os outros países começaram a se recuperar, levando o país para a quarta posição no segundo trimestre. Outras nações emergentes como China e Índia aparecem em sétimo e oitavo, respectivamente. “Com a crise, a China perdeu duas posições. A Índia, que não estava no top 10, chegou ao oitavo lugar por conta do surgimento recente dos supermercados. Foi o que aconteceu no Brasil na década de 1950”, explica Fábio Mestriner, da ESPM, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Bom cenário para cosméticos refletem a ascensão da mulher na sociedade
Entre os tipos de produtos mais lançados, estão maquiagem para os lábios (3%), cuidado facial/pescoço (3%), biscoitos doces (3%) e produtos para o corpo (3%). Para Mestriner, o aquecimento no setor de cosméticos reflete uma preponderância da mulher na sociedade moderna. “Mesmo nas sociedades que reprimem as mulheres, elas são grandes consumidoras de maquiagem e lingerie. Já o biscoito tem alta aceitação, todo mundo come. No Brasil, essa é a categoria mais representada nos lançamentos”, completa o professor.
Outra tendência apontada são produtos com posicionamento de tempo/rapidez. Ocupando a sétima posição entre os posicionamentos mais utilizados em novos produtos, ele se reflete também na lista dos mais lançados, com queijo (2%), salgados e snacks (2%). A preocupação com o bem estar e sustentabilidade também se traduz nos posicionamentos “botânico/herbal” (14%) e "Sem aditivos/conservantes" (11%).
O tipo de embalagem mais utilizado foi a garrafa e a flexível (12% cada), além de tubo/bisnaga (6%) e caixa de cartão (5%). O plástico ainda é o material com maior representação (45%), seguido por vidro simples 7% e película metalizada 6%. “Lançar embalagem é ação de Marketing. Mas não pode passar de dois anos. Depois desse tempo, ficam velhas porque o cenário em volta dela continua mudando, e ela pode ficar para trás”, recomenda Mestriner.
Por Guilherme Neto, do Mundo do Marketing 14/07/2009.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

No consultório, marketing médico para atrair ‘pacientes-clientes’



Trata-se de uma matéria publicada no Jornal O Estado de São Paulo no Caderno Vida, em 2007. Esta matéria conta com a participação e depoimento do Sócio Diretor da ABCD Marketing Prof. Carlos Roberto Ventrilho, empresa de consultoria especializada na área da Saúde e também com o Dr. Décio Roveda Jr. um dos donos do Centro de Diagnóstico Femme - Laboratório da Mulher . Veja na íntegra:
Vista com ressalvas pelo CFM, prática inclui distribuição de banners e até dicas para falar em público e com a mídia.
Por Adriana Dias Lopes
A partir de R$ 500 por mês, o médico pode dar um empurrão na carreira. Isso se ele trabalhar em um consultório. No caso de uma clínica, o custo do sucesso pode ser o dobro. Os preços são referentes à média cobrada por empresas especializadas em marketing médico, que nunca arrebanharam tantos clientes como nos últimos anos.
Essas empresas convencem médicos a usar recursos básicos de publicidade, até pouco tempo impensáveis na profissão. São orientações como evitar usar roupa branca o tempo todo, ter logomarca própria e tratar o paciente como cliente – ou seja, como se ele sempre tivesse razão.
Não há estatísticas de quantos médicos recorrem ao meio publicitário para conquistar “clientes-pacientes”. Mas o curso de extensão em Marketing na Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) - R$ 500 por mês - mostra um caminho. Há quatro anos, quando começou, a maioria dos alunos vinha de hospitais (40% do total). Médicos, 20%. Na última turma, a situação foi inversa - 50% médicos e 20% hospitais. Os outros eram de laboratórios e planos.
O número de pacientes do radiologista Décio Roveda, da Santa Casa de São Paulo, triplicou nos últimos dois anos depois de mudanças drásticas na imagem e no foco de trabalho - resultado de trabalho duro de uma consultoria de marketing. Em 1994, ele e mais três sócios fundaram um laboratório de exames que não deu lucro até 2000. “Não bastavam nossas credenciais, éramos dispersos, íamos simplesmente atendendo as pessoas, sem nenhum plano lembra Roveda”.
De Grupo Integrado de Patologia Genital Feminina, o negócio passou a se chamar Femme Laboratório da Mulher. O alvo virou a mulher - apesar do antigo nome, eles atendiam homens e crianças. Uma consultoria de RH foi contratada e tudo passou a girar em torno do bem-estar da mulher - da distribuição dos aparelhos de imagens (ficaram mais próximos para evitar o deslocamento da paciente na clínica) às paredes rosa e banheiros decorados com flores e saches.
O grupo de médicos também contratou uma equipe para ajudá-los a promover palestras. Em dois anos, falaram de saúde da mulher no Memorial da América Latina e no Itaú Cultural. “Prestamos um serviço e o público acaba conhecendo o laboratório por banners e folhetos”, diz Roveda.
“Dificilmente hoje um médico dos grandes centros não usou pelo menos um instrumento de marketing nos consultórios nos últimos cinco anos”, avalia Luiz Cláudio Zenone, professor do curso de Marketing na Saúde da PUC. Para o Conselho Federal de Medicina (Resolução 1.701), o médico só pode usar os meios de comunicação leiga para prestar informações com fins educativos. A regra é obrigatória a todos os 130 clientes de uma das maiores empresas de marketing para médicos, a ABCD Marketing e Publicidade.
“O segredo é vincular o nome da clínica a campanhas. Não tem erro”, diz o publicitário Carlos Roberto Ventrilho, proprietário do lugar. “Época de dengue, por exemplo, meus médicos fazem palestras em escolas próximas ao consultório”, ensina ele.

Entre as dicas, ser o mais próximo possível do paciente, o que significa desde usar avental em vez de roupa branca (segundo regras, a roupa comum embaixo do avental dá a impressão de familiaridade) a telefonar (o médico e não a secretária) para o paciente lembrando do retorno.
Flávio Miura, neurocirurgião do Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo, passou a levar à risca o contato com o paciente depois de ter feito um curso de marketing. “Muita gente chegava a marcar consulta e não vinha. Minha agenda era cheia e meu consultório, vazio”, conta Miura. Quando notou que os que faltavam eram pacientes novos, começou a ligar para cada um. “Não me identificava como médico, mas perguntava o motivo da desistência”, lembra. “Eles tinham dificuldades de chegar ao HC.” Miura explicou - e até hoje faz isso - em detalhes o mapa do lugar, com dicas de estação de metrô, linha de ônibus e opções de estacionamentos. “O médico tem concorrência pesada e o paciente está cada vez mais exigente e informado”, diz o publicitário Ventrilho. “Ele não é mais o dono da bola, não pode mais ficar parado, esperando o paciente chegar e ficar.”
NA MÍDIA
Os assessores de imprensa têm também se especializado na área. A publicitária e jornalista Vanessa Mastro tem sete na lista. “Oriento para manterem linguagem didática com o jornalista para não sair bobagem publicada”, diz ela. “Depois que Vanessa passou a trabalhar comigo, os programas sensacionalistas de TV pararam de me ligar”, diz a psicóloga Margareth dos Reis, sua cliente.
Fonte: Jornal Estado de S. Paulo - Caderno Vida - Ano: 2007

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Pós-venda, por favor!



Como consultor de marketing e palestrante, viajo muito a trabalho pelo país. Hospedo-me em diversos hotéis, dos mais econômicos aos mais sofisticados, recebendo, no geral, um bom atendimento por onde passei. Claro, adequado a proposta de nível de serviços de cada local e ao seu posicionamento. Ocasionalmente, inconvenientes acontecem, mas nada que um problema pontual afete o meu apreço.
Só que eu tenho um hábito que, assumo, virou mania durante as minhas hospedagens: o de preencher os questionários de avaliação de qualidade de serviços. Sempre os preencho, não posso ver um pela frente que vou já marcando minhas impressões e, quando há um espaço disponível, dissertando minhas opiniões sobre o que achei dos serviços. Eu busco fazer a minha parte como cliente, fornecendo informações, parâmetros e referências à direção do hotel. E imagino que eu não deva ser o único. Acredito que muita gente, e, claro, não precisa ser especialista em marketing de serviços para isso, preenche os questionários que ficam disponíveis em diversos locais, principalmente dentro do guia de serviços presentes nas suítes.
Para as organizações hoteleiras, essas informações são valiosas para avaliarem suas operações de serviços. Pois, óbvio, são os hospedes que recebem os serviços, usam e verificam sua eficiência e prestatividade. Diferentemente da venda de um produto, que por ser físico, pode ser testado e avaliado dentro da fábrica pelas áreas de controle; na venda de serviços, que é um processo, é o cliente que cumpre essa função. Por mais que o atendimento e uma gerência próxima possa perceber variações de serviços dentro da qualidade proposta, é o cliente que usa, testa e, sim, avalia.
Só que sabemos, a maioria dos hospedes não tem essa mania. Mas tem opiniões. E amigos. E gostam de falar, bem ou mal. E assim vão construindo pelo boca-a-boca a reputação do estabelecimento, influenciando colegas e fixando uma imagem no mercado. Por essas duas razões, do controle de qualidade e da reputação, os questionários de avaliação não podem ser tratados como subserviços ou mera rotina administrativa.
E é essa a impressão que eu tenho como cliente, que ninguém gabaritado irá ler minhas respostas e quando ler será apenas para servir como fonte para a construção de planilhas e gráficos de desempenho que vão rechear uma apresentação em PowerPoint. Feedback para o cliente, que é bom, nada. Posso estar enganado, me baseio na minha experiência como cliente e nas opiniões de vários amigos e colegas que também compartilham a mesma impressão. De todas as vezes que eu preenchi questionários e sempre marcando (quando há a opção) que gostaria de receber uma resposta, dá para contar nos dedos de uma mão quando recebi uma ligação ou um simples e-mail. Parece que na hotelaria muito esforço é despendido para manter a operação rodando e pouco se trabalha no que chamamos de pós-venda.
O pós-venda em qualquer operação de serviços é fundamental. E é muito mais que tabular um questionário e até responder casos mais críticos. Pós-venda é a oportunidade para aprender com o cliente. E para aprender tem que conversar, fornecer feedback, abrir-se para o diálogo para aprofundar-se nas questões negativas e positivas. Afinal, uma coisa é entender que o atendimento da recepção levou nota 6 numa escala de 0 a 10. Outra coisa é entender o porquê. Quando se sabe o motivo, abre-se a possibilidade da reparação, do ajuste de um processo e da melhoria nos detalhes. Pois clientes enxergam e dão valor a detalhes que normalmente passam desapercebidos pela gestão.
Questionários de avaliação não podem ser um fim em si mesmo. E também não podem ser o único canal de atendimento a reclamações, dúvidas, sugestões e elogios. É preciso ter profissionais especializados cuidando dessa ponta do iceberg. Uma área de pós-venda para receber as opiniões dos clientes, entrar em contato com eles, ouvir, responder, explicar e agradecer. E aprender muito, funcionando como uma ouvidoria. Buscando soluções para os problemas levantados e fazendo circular as opiniões dos clientes dentro da organização para mobilizar e manter atentos todos os profissionais que atuam na linha de frente.
Uma organização para se tornar competitiva e inovadora precisa aprender com seus erros e acertos. Aperfeiçoando e aprimorando. E não há como fazer isso sem a ajuda de clientes que se dispõem a informar e explicar. Até porque, em tempos de Internet como mídia social, se a empresa não se dispor a ouvir, o cliente encontrará onde publicar sua visão, em fóruns, blogs, portais e comunidades. Aí já viu.
*Marcelo Miyashita é consultor e palestrante da Miyashita Consulting. E professor de Marketing de Serviços na pós-graduação da Cásper Líbero, no MBA da PUC-Cogeae e no GVpec da FGV-EAESP.
Por Marcelo Miyashita, do Mundo do Marketing 02/07/2009

Marcas populares ganham confiança da classe C



A ascensão da classe C no Brasil não é mais novidade. A maior parte da população consumidora do país mantém o crescimento também quando o assunto é a redução de gastos entre as outras camadas sociais. Este é um dos dados apresentados pela Troiano Consultoria de Marca em estudo feito em parceria com o IBOPE que ouviu 3.003 pessoas em nove regiões do Brasil. A pesquisa avaliou 64 marcas das categorias cerveja, financeiras, operadoras de celular e fast food quanto ao consumo popular no Brasil. Foram avaliados produtos, distribuição, preço, atendimento, comunicação e marca. O perfil traçado destes consumidores mostra que pequenos comércios são os principais pontos-de-venda frequentados e que produtos de beleza estão cada vez mais presentes nos estabelecimentos das classes sociais mais humildes.
Segundo o estudo, o consumo da classe C apresenta características comuns como um produto oferecer qualidade e atender as necessidades das pessoas. A distribuição precisa ser de fácil acesso, mas não é verdade que as classes mais humildes compram somente com base no preço baixo. Quanto ao atendimento, o consumo popular espera atenção e respeito enquanto a comunicação precisa apresentar propagandas interessantes. Com relação à marca, a exigência mostrada no estudo é ser especial de alguma forma.
Confiança X qualidade
A pesquisa avaliou 64 marcas sendo 17 de cerveja, nove financeiras, as cinco principais de telefonia celular e 33 empresas de fast food. Na categoria cerveja, apenas uma marca se destaca entre todas as outras no que se refere à confiança. Das empresas financeiras o preço aparece como o mais importante para a escolha da classe popular. O serviço de telefonia celular surpreendeu, já que uma marca mostrou desempenhou amplamente superior às demais com relação à distribuição e produto. O nome da marca não foi divulgado.
O resultado da pesquisa aponta para os princípios essenciais para que uma empresa possa ter sucesso ao fazer negócios voltados para a baixa renda. Fazer parte do plano aspiracional destes consumidores é o principal deles. “Marcas de confiança não resistem a produtos sem qualidade. Depenar produtos não garante o sucesso de uma marca e o preço não é necessariamente gerador de confiança”, diz Cecília Russo, sócia-diretora da Troiano Consultoria de Marca.
Um dos motivos que constroem um cenário favorável para as marcas voltadas para as classes de menor poder aquisitivo é que estes consumidores acreditam que vão melhorar de vida. Desta forma, surge a oportunidade para empresas que podem acompanhar o projeto aspiracional e participar da materialização dos sonhos destes consumidores.
Gosto pela baixa renda
A Ricardo Eletro desponta como uma das principais redes varejistas do Brasil principalmente quando a questão é preço. Para atingir o sucesso de vendas, o presidente da rede, Ricardo Rodrigues Nunes, destaca o desafio de treinar seus funcionários para atender o público, saber e entender do que eles gostam. “Tem que pegar pelo braço, abraçar, sentir o cheiro deles. Todos os sábados eu estou nas lojas e até faço a entrega dos produtos na casa dos clientes”, conta o executivo.
De acordo com Ricardo Nunes, o treinamento dos vendedores tem muito a ver com o trabalho de sapatos. “Temos que agachar, tirar a meia, sentir o chulé deles, buscar produtos e oferecer todos os que estiverem disponíveis. Temos que mostrar para eles o suor na camisa”, afirma o presidente da Ricardo Eletro durante a palestra no Painel de Tendências – Consumo Popular e as Marcas, que ocorreu no Auditório do Globo, no Rio de Janeiro.
Além de entrar no mundo destes consumidores, é necessário gostar de estar entre eles. Além disso, na Ricardo Eletro, vender de forma diferente da concorrência, sem formalidade, é um recurso de sucesso. Preço não é tudo e ter uma loja bonita é obrigação porque as classes mais populares se sentem mais valorizadas. “Falar a verdade para este público é muito importante. Por isso pedimos para quem não quiser enfrentar filas ou entrar em lojas cheias ficar em casa. Desta forma ele não ficará irritado se estiver na fila por muito tempo”, ensina Ricardo Nunes.
Perfil e novas concorrências
Apesar de pertencerem às camadas mais pobres da sociedade brasileira, os consumidores de baixa renda não querem ser vistos como pobres. Um bom exemplo dado por Jaime Troiano, sócio-diretor do Grupo Troiano, são as diferenças entre mulheres de classe AB e as da classe C. “Na classe C temos consumidoras com mais paciência, que valorizam a atenção dada pelo vendedor. O pobre não quer se sentir mais pobre na hora da compra”, avalia Troiano.
Para entender melhor os hábitos de consumidores de baixa renda e planejar um projeto de sucesso voltado para eles, “basta olhar para os modelos de negócio da Rocinha e não implantar os que são feitos nos EUA. Precisamos entender o Brasil de 100 milhões de pessoas”, afirma André Torreta, autor do livro "Mergulho na Base da Pirâmide".
Prova da complexidade de atingir e manter uma relação de confiança com a classe C no Brasil é que as operadoras de celular ganham cada vez mais concorrentes, mas esses não oferecem planos de telefonia. "Hoje uma lan-house concorre com as operadoras de celular porque com R$1,00 estes consumidores se conectam e falam com diversas pessoas e deixam de comprar um cartão pré-pago”, compara a antropóloga e doutora do Instituto Coppead de Administração/UFRJ, Carla Barros.
Por Thiago Terra, do Mundo do Marketing 07/07/2009

terça-feira, 7 de julho de 2009

Revolução digital dará novos rumos ao Marketing



A comunicação está passando pelo principal período de uma revolução digital. O motivo é simples: próximos dos 30 anos de idade, executivos que nasceram na Era Digital junto à internet, nos anos 1980, estão se tornando líderes das empresas do setor e consequentemente trazem novos desafios para os profissionais de Marketing. Esta afirmação é feita por Walter Longo, Vice-Presidente de Estratégia e Inovação da Young&Rubican.
Esta revolução digital pode ser comparada ao conceito desenvolvido por Shel Silverstein, o Tesarac. A associação ao termo se dá por conta da mudança que ocorre na comunicação com paradigmas que deixam de fazer sentido enquanto surgem outros que ainda não podem ser totalmente mensurados. Por isso, hoje existem três tipos de consumidores: os turistas digitais; os imigrantes digitais; e o nativo digital.
Se antes a comunicação podia ser comparada a um jogo de boliche, com o objetivo de acertar todos os pinos com uma bola, de uma só vez, hoje o jogo mudou. De acordo com Walter Longo agora estamos diante de um pinball, já que a comunicação bate e volta, e o emissor não sabe a força com que ela chega e muito menos com o impacto que ela vai causar.
Mídia digital dita novos rumos
No cenário atual os consumidores se encontram “presos” às mídias tradicionais e esta realidade não deve mudar tão cedo. “Apesar de ver o surgimento de novas mídias, não sabemos a real dimensão que elas terão no futuro e este é o presságio para um impacto nunca visto antes”, diz Walter Longo, em entrevista ao Mundo do Marketing. Neste cenário, a internet surge como a principal ferramenta por oferecer comunicação instantânea e que pode ser editada ao mesmo tempo.
Isto é o que a diferencia das outras mídias, segundo Longo. “Mídia nova não mata mídia velha. Os meios impressos são editáveis e não instantâneos porque eu decido a hora e o local em que vou consumir. Já a mídia eletrônica é instantânea, mas não editável porque eu só posso consumi-la onde ela estiver. Desta forma elas tornam-se complementares para a comunicação do homem”, conta.
Desta forma, as empresas de comunicação estarão cada vez mais se envolvendo com mídias digitais só que de maneira exponencial. “A revolução digital será feita por novas mídias que vão abranger muitos consumidores e qualificar a mensagem ao mesmo tempo. Além disso, ela será mais acelerada do que se imagina” afirma o Mentor do Grupo Newcomm durante a palestra “O Mundo Digital e os novos desafios do Marketing” promovida pela Rede Elemídia em comemoração aos cinco anos de atuação da empresa no mercado de mídias alternativas do Rio de Janeiro.
Tendências irreversíveis
A chegada da revolução digital aponta para duas tendências irreversíveis na comunicação. A primeira é a que trata da passagem de uma comunicação massificada para a individualização da mensagem. Isto significa falar com cada individuo de forma diferente sem ter o custo elevado que havia antes da comunicação digital.
A segunda tendência apresentada por Walter Longo é que os meios podem misturar o conteúdo editorial com o publicitário sem precisar de interrupções. O modelo atual usa a interrupção para chamar a atenção do consumidor com um comercial, mas o que acontece é a mescla entre mensagem e entretenimento. “Hoje já é possível que uma empresa que não é mídia se torne mídia. Temos cada vez mais anunciantes produzindo conteúdo, games, entre outras formas de entreter. Se antes os anunciantes eram obrigados a usar uma mídia para chegar ao público, hoje a empresa se transforma em mídia e atinge o seu consumidor”, aponta.
Fato é que as mídias digitais estão dificultando cada vez mais a relação entre o consumidor e as mídias tradicionais. O principal fator para a mudança de comportamento é que o consumidor não quer e não precisa mais esperar a TV anunciar as notícias porque ele pode obtê-las na internet.
Revolução humana com novo perfil
Antes de ser tecnológica, a comunicação está passando por uma revolução humana que está divida em três tipos de perfil de consumidor. Os turistas digitais são os que entram vez ou outra na internet e têm dificuldades em manusear um iPhone, por exemplo. Outros são vistos como imigrantes digitais, já que se “mudaram” para este mundo, mas não são originários dele. Por último está o nativo digital, que hoje não considera a internet uma tecnologia porque ele já nasceu inserido nela.
Segundo Walter Longo, são os nativos digitais os grandes responsáveis pela revolução digital. “A tecnologia para eles já é comum e estes executivos assumirão em breve o poder das empresas e começarão esta revolução. Apesar de perceber isto, não sabemos quão rápido e o impacto que esta revolução vai gerar na comunicação”, explica o executivo ao site.
As características principais entre os consumidores apresentam diferenças básicas com relação à revolução digital que se anuncia. Enquanto alguns têm medo das novas formas de comunicação e preferem se manter longe delas, outros tem prazer em conhecer e consumí-las assim que surgem no mercado. Os consumidores que compõem a Neofobia são geralmente menos jovens, urbanos e menor instrução digital. Já a Neofilia é composta por pessoas cada vez mais jovens, mais urbanos e educados.
Mídia na hora certa
Oriundas da internet, as mídias Out of Home não se baseiam no modelo de interrupção tradicional. Denominada de Outernet, estas mídias atingem consumidores em diferentes lugares ao mesmo tempo, de forma segmentada. O objetivo delas é impactar as pessoas enquanto elas estão paradas obrigatoriamente, seja na fila do banco ou no elevador.
Outra característica destas mídias é atingir os consumidores no momento em que as tradicionais não estão sendo efetivas. “Ela está na contramão das outras mídias e é um lubrificante social porque gera boca-a-boca e as pessoas fazem comentários sobre o assunto”, diz Longo.
De acordo com o Vice-Presidente de Estratégia e Inovação da Y&R as mídias Outernet possuem grande potencial em países em desenvolvimento porque estes oferecem mais tempo de espera ao público. A mídia Out of Home está aproximando a audiência com a atenção do público; a abrangência da mensagem com a eficiência da mesma; e ainda o ponto de impacto com o de consumo. “Ela é abrangente, relevante, não invasiva, qualificada, útil e faz as pessoas se comunicarem”, completa Walter Longo.
Por Thiago Terra, do Mundo do Marketing 02/07/2009

sábado, 4 de julho de 2009

Palestra Marketing Jurídico


Como aqui é o espaço do marketing eu costumo postar tudo que se refere a esta ferramenta, seja matérias ou assuntos relacionados a bens de consumo ou bens de serviço.
Outro mercado que vem progredindo é o mercado de marketing jurídico, assim como os médicos, os advogados também estão percebendo o quanto é fundamental se aproximar e conhecer a ferramenta marketing, para gerenciar um bom negócio e se planejar com sucesso.
Você advogado não pode perder a palestra que o consultor Alexandre Motta da Inrise Consultoria irá ministrar na AASP.

Veja mais informações:
O mundo advocatício muda constantemente. O que antes não era importante e não chamava atenção do advogado, hoje é premissa básica para seu conhecimento. Por estes e outros motivos, a Inrise Consultoria em Marketing Jurídico criou a palestra “Advogado - Como Encontrar Novos Clientes” que tem como objetivo levar a informação de quais as ferramentas que devem ser utilizadas em três grandes etapas da atuação de um escritório de advocacia: a Estruturação, a Prospecção Ética de Clientes e a Potencialização de Escritório. A palestra visa mostrar todos os itens indispensáveis para que os escritórios – de qualquer tamanho - se atualizem, mostrem corretamente seu potencial e começem a trabalhar suas bancas para conquista de novos mercados e clientes.
Dados do Evento
Nome: “Advogado – Como Encontrar Novos Clientes”
Tipo: Palestra presencial
Data: 06 de agosto de 2009
Horário: 19h
Carga horária: 90 minutos
Público alvo: Sócios e advogados de escritórios de advocacia, advogados autônomos, gerentes e responsáveis de marketing atuando em escritórios de advocacia, estudantes de Direito e demais interessados nos temas abordados.
Maiores informações, programação e inscrição, falar com Róger Morcelli - Departamentos de Cursos no telefone (11) 3291-9200
Para outras informações, acesse o site http://www.inriseconsultoria.com.br/

quinta-feira, 2 de julho de 2009

No Brasil, publicidade online cresce 25,6% nos 4 primeiros meses de 2009

O faturamento publicitário da internet nos quatro primeiros meses de 2009 cresceu 25,6% em comparação com o mesmo período do ano passado, informou o Projeto Inter-Meios na segunda-feira (29/6).
A participação média do meio online na publicidade brasileira chegou, entre janeiro e abril de 2009, a 4% do total, com faturamento de 238,9 milhões de reais. No mesmo período de 2008, a soma foi de 190,2 milhões de reais.
A maior participação da web no bolo publicitário do País foi registrada em janeiro (4,4%). Em fevereiro a participação foi de 3,94%, em março de 3,56% e em abril de 4,21%, segundo os dados do Inter-Meios.A publicidade brasileira como um todo registrou faturamento 2,6% maior na relação entre os mesmos períodos acima. Em 2009, a soma foi de 5,98 bilhões de reais, enquanto em 2008 o total chegou a 5,82 bilhões de reais.
A internet foi a mídia que teve melhor desempenho no período e, em seguida, destacam-se cinema, que cresceu 12,1%; mídia exterior, com crescimento de 11,4%; e TV por assinatura, com faturamento 10,8% maior.

Outras mídias registraram bom desempenho neste quadrimestre. A TV aberta, que concentra 60% das verbas publicitárias, cresceu 6% na comparação com 2008 e, o rádio, 3,4%.
Os jornais sofreram 9,2% de queda no faturamento, enquanto as revistas perderam 5,4% e a queda de guias e listas foi de 19,5%. Segundo o Internet Advertising Bureau (IAB) Brasil, a publicidade online brasileira deve faturar 1 bilhão de reais este ano.

Fonte: IDG Now 30/06/2009

Conheça 6 empresas com estratégias inovadoras em mídias sociais



Não basta criar um perfil social - tem que participar. Pode-se dizer que esta máxima deve ser não apenas aplicada, mas seguida religiosamente pelas empresas interessadas em interagir online com seus clientes e consumidores.Afinal, segundo levantamento da Nielsen Online publicado nessa semana, 67% dos internautas do mundo usam redes sociais e blogs - atualmente com mais uso do que e-mails pessoais. E como as empresas obtém sucesso na comunicação com este público?
Mais que simplesmente criar uma comunidade centrada na sua marca ou promover eventos com blogueiros de determinada área que escrevem sobre o encontro em questão, como utilizar as ferramentas digitais de interação para quebrar ainda mais a distância entre quem produz e vende e quem compra e usa?
O IDG Now! selecionou 6 exemplos de empresas que fugiram à mesmice da atuação social , promovendo ações que levam realmente a sério algo que Tom Smith, fundador da consultoria em mídia social Trendstream, lembra em seu blog: embora muitas empresas invistam em anúncios nos ambientes sociais, o retorno de verdade vem de comunidades e da conversa direta com consumidores.
Entre os exemplos estão a Dell, que começou a conversar com seus clientes e fãs em 2006 pela comunidade Direct2Dell, ou a Ford, que direciona sua estratégia social massivamente no Twitter.Acompanhe alguns bons exemplos de estrategistas que se aproveitam de ferramentas populares para escrever um capítulo social, devidamente bem pensado, no histórico de comunicação corporativa. São elas as 6 empresas de sucesso: Adobe, Dell, EMC, Ford, Skittles e Zappos.
Fonte: IDG Now - Março 2009

Twitter é o 2º serviço mais usado para depoimentos sobre produtos no Brasil



Entre janeiro e abril deste ano, o Twitter se tornou o 2º serviço mais usado para a divulgação de depoimentos sobre marcas e produtos na web, subindo do 6º lugar no ranking ocupado no mesmo período de 2008.O dado é de um levantamento divulgado pela empresa de monitoração do boca-a-boca online e.life nesta segunda-feira (29/6).
A rede social Orkut, do Google, continua a liderar o ranking, com 45,9% do total de opiniões online sobre marcas e produtos, queda em relação aos 61,1% registrados em 2008.O Twitter, este ano, foi responsável por 23% dos posts com depoimentos, enquanto em 2008 tinha apenas 3,8%, um crescimento de seis vezes em apenas um ano.O estudo foi feito com 40.299 depoimentos relacionados ao período de 2008 e 22.914 depoimentos para os relatos de 2009.Em maio, a marca mais citada no Twitter foi a Microsoft, segundo a e.life.
Fonte: Site IDG Now 29/06/09