Enquanto quase todas as demais mídias, muito especialmente as convencionais, vêem o montante de investimentos das empresas anunciantes, literalmente, despencar, os pontos-de-venda, em geral, registram extraordinária valorização, e são disputados “palmo a palmo”, pelas indústrias. Conseqüências imediatas: perda de poder na gestão de produtos e marcas das Gerências de Produtos, nas empresas, e fortalecimento das áreas de venda, comercialização, “trade market” e “key accounts”; e, por decorrência, perda de mercado para as agências de propaganda, e fortalecimento das empresas de merchandising, promoções, e comunicação dirigida mais voltadas para públicos intermediários. São várias as razões para que isso venha acontecendo. Mas, e dentre todas, a dificuldade de se acessar, hoje, de forma competente, os NOVOS CONSUMIDORES. Absolutamente conscientes e diplomados sobre o valor de seu dinheiro, de seu tempo, rigorosos quanto a sua privacidade, cada vez mais seletivos em seus acessos aos veículos de comunicação, desvalorizando o que é despejado indiscriminadamente, em termos de mensagens e comunicação sobre sua pessoa, revelando-se atentos ao que lhes interessa e ao que vão atrás, e assim, as mídias de interesse geral vão perdendo seu valor relativo. Em contrapartida, e num momento de dúvidas e dificuldades crescentes, com o aumento substancial da concorrência – e esse é outro fator também importante – as empresas, dentre todas as mídias, e para determinadas categorias de produtos, sabem, que uma que é infalível porque inevitável, e onde o consumidor, mais cedo ou mais tarde, acabará passando: o ponto-de-venda. E assim, e em todos os últimos anos, parte do dinheiro que ia principalmente para as TVs abertas, Revistas de interesse Geral, e Rádio, foi migrando para o PÃO DE AÇÚCAR, CARREFOUR, CASAS BAHIA, MAGAZINE LUIZA, WAL MART... Nessas redes, a receita de comercialização de seus espaços, é tão importante quanto a negociação que realizam especificamente no tocante à compra dos produtos que vão comercializar. E alguns dos “fenômenos” atuais no marketing do país, de empresas recém-chegadas disputarem e ocuparem a liderança de setores específicos, como é o caso de uma LG que em sete anos foi do zero à liderança do mercado de eletroeletrônicos no Brasil, deve-se, em boa parte, à adoção da política de privilegiar o ponto-de-venda dentre todos os seus investimentos de comunicação. Fonte: Landmarketing o e-newsletter do madiamundomarketing - 23-06-2004 / Número 269 / Ano 06
Esse artigo foi citado no livro "Merchandising no Ponto de Venda" - autor: Blessa, Regina - no capítulo 11 - Material de Ponto de Venda, é um texto com um teor magnífico e certeiro, portanto, compartilho com vocês.
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