Mais um estudo demonstra o poder da mídia, a internet. Esta fonte de comunicação, que, como todas as outras ao surgir, não substituiu efetivamente outra midia, mas vem aos poucos abocanhando mercado e provando sua eficiência. De pensar que em 2001 quando iniciei minha faculdade de Publicidade e Propaganda as agências destinavam em média menos de 2% da verba total. Hoje encontramos campanhas, dependendo do produto e categoria, que são 100% digitais. Um meio de comunicação que no começo deixou muitos especialistas duvidosos sobre o seu real papel e eficácia em matéria de recall. De pensar que em 2001, no meu primeiro ano de faculdade, eu já escrevia sobre a Internet. O tema do meu projeto de pesquisa foi "Vendas pela Internet" e um dos objetivos era comprovar a facilidade, comodidade e segurança ao comprar produtos pela Internet, justificando o propósito de estudar o crescimento mercadológico desta mídia. Em especial peguei as Lojas Americanas, uma das pioneiras no e-commerce. Quando apresentei o tema ao meu professor orientador, confesso que percebi um certo nariz torto, uma certa desacreditação!!!! Só o tempo mesmo para comprovar. Qualquer dia deste publico o projeto aqui. Enjoy
Marcia Pacini Hoje em dia a Internet é importante fonte de informações e referência para a avaliação de produtos e serviços, e os mecanismos de busca são uma das formas mais utilizadas para selecionar aquilo que é mais relevante. Os resultados podem afetar a percepção do consumidor, que faz pesquisas antes de comprar em busca de informações, além de poder contar com a recomendação de outros consumidores. A partir desse cenário, a E.Life, especializada em inteligência de mercado na web, realizou um estudo dos links que aparecem na primeira página de resultados nos mecanismos de busca na pesquisa por termos relacionados a diversas marcas e categorias.
Foram pesquisadas as quatro marcas mais lembradas segundo o estudo Top of Mind 2008, realizado pelo Datafolha, em 10 categorias - aparelho de telefone celular, aparelho de TV, banco, carro, cartão de crédito, companhia aérea, computador e acessórios, operadora de telefonia celular, seguro e supermercado - nos mecanismos de busca mais utilizados pelos brasileiros, Google e Yahoo!. Os resultados foram classificados em quatro tipos de mídia - sites corporativos (sites de empresas das categorias pesquisadas), sites de compra e venda (compreendendo sites voltados a vendas de produtos, de classificados e de comparação de preços), mídias geradas pelo consumidor (serviços de mídias sociais, como blogs, enciclopédias, sites de reclamação, sites de perguntas e respostas, entre outros) e sites de informações e notícias (sites de mídias jornalísticas, portais e outros sites meramente informativos).
Os resultados mostram que a participação de cada tipo de mídia na busca varia muito de categoria a categoria. Os sites corporativos são a maioria dos resultados da primeira página no caso de seguros (69%), operadoras de celular (60%) e bancos (86%). Os sites de compra, por sua vez, dominam os resultados para companhias aéreas (60%) e eletrônicos, como celulares (54%), aparelhos de TV (63%) e computador e acessórios (57%). Já as mídias geradas pelo consumidor representam um percentual importante dos resultados em categorias como cartão de crédito (37%), carro (26%) e computador e acessórios (22%). Os sites de informações e notícias têm menor participação na primeira página de resultados de buscas. Este tipo de mídia aparece em maior percentual somente na busca por marcas da categoria supermercado, com destaque a localizadores, como o site Apontador.
Apresentado durante o ProXXIma, evento sobre comunicação digital realizado em São Paulo no início de setembro, o estudo mostra que, em algumas categorias, como a dos cartões de crédito, as redes sociais ou mídias geradas pelo consumidor aparecem em peso na primeira página de resultado dos buscadores, o que demonstra que a opinião de outros consumidores, sejam elogios ou críticas, podem influenciar aqueles que ainda estão no momento pré-compra. Outra constatação é a de que sites colaborativos como o Wikipedia, sites de recomendação e reclamação como Reclame Aqui e fóruns como o Guia do Hardware aparecem frequentemente na primeira página de resultados das marcas. "Mesmo os internautas que não são participantes ativos nas mídias sociais podem ser influenciados por elas fazendo uma simples busca no Google ou no Yahoo", comenta Alessandro Barbosa Lima, diretor da E.Life.
Fonte: Vitrine Publicitária Setembro/2009