quinta-feira, 17 de maio de 2007

A incrível história do Leite Moça


Estávamos reunidos aqui no escritório assistindo uma apresentação sobre o Marketing Jurídico e como ocorre na maioria das apresentações e palestras, acabamos interagindo e comentando sobre alguns cases. Veio a tona , não me lembro direito como, a história do objetivo inicial do uso do leite moça. Ele foi criado a princípio para alimentar aqueles que participavam da Guerra, pois os alimentos demoravam a chegar ao seu destino e precisavam durar.
Então condensava-se o leite para não estragar, depois misturava-o com água e servia de alimento. Essa era a sua função. Com o fim das guerras, o produto entrou em declínio, a sua função inicial tornou-se obsoleta. Os donos do negócio, a atual Nestlé, se viu obrigada a remodelar o produto e o seu uso, como acontece em vários segmentos e com vários produtos, quando o mercado muda, há uma exigência em que o produto também se reinvente, adequando-se as necessidades mercadológicas. E qual foi a saída? Colocaram receitas nas embalagens sugerindo o uso do produto para preparar bolos, pudins, tortas, criando-se o desejo de se preparar algo saboroso.
Agora pensem, imagine a influência que o leite moça gerou em nossa culinária? Não é a toa que um produto tão antigo continue sendo líder de mercado. Seguindo a história do nosso delicioso leite condensado da marca “leite moça”, tive a oportunidade de participar do III Fórum de Tendências de Marketing 2006 realizado no auditório da ESPM.
No primeiro dia do fórum o presidente da Nestlé, Ivan Zurita fez uma palestra sobre a trajetória da Nestlé no Brasil, dentre vários assuntos abordados sobre a empresa, um que me chamou bastante atenção foi sobre a história da marca “leite moça”. Ele nos contou que o leite condensando quando chegou aqui no Brasil, chamava-se “Milk Maid”, mas os brasileiros tinham dificuldade em pronunciar o nome em inglês, então pediam eu quero o “leite da moça”, provavelmente devido a incrível figura que encontramos até hoje nas embalagens.
Imagem é tudo vocês não acham? Foi até o motivo da mudança do nome de “Milk Maid” para “Leite Moça”. Portanto se adequar ao mercado consumidor é fundamental.
Marcia Pacini

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Ponto-de-Venda, a Mídia que mais cresce




Enquanto quase todas as demais mídias, muito especialmente as convencionais, vêem o montante de investimentos das empresas anunciantes, literalmente, despencar, os pontos-de-venda, em geral, registram extraordinária valorização, e são disputados “palmo a palmo”, pelas indústrias. Conseqüências imediatas: perda de poder na gestão de produtos e marcas das Gerências de Produtos, nas empresas, e fortalecimento das áreas de venda, comercialização, “trade market” e “key accounts”; e, por decorrência, perda de mercado para as agências de propaganda, e fortalecimento das empresas de merchandising, promoções, e comunicação dirigida mais voltadas para públicos intermediários.
São várias as razões para que isso venha acontecendo. Mas, e dentre todas, a dificuldade de se acessar, hoje, de forma competente, os NOVOS CONSUMIDORES. Absolutamente conscientes e diplomados sobre o valor de seu dinheiro, de seu tempo, rigorosos quanto a sua privacidade, cada vez mais seletivos em seus acessos aos veículos de comunicação, desvalorizando o que é despejado indiscriminadamente, em termos de mensagens e comunicação sobre sua pessoa, revelando-se atentos ao que lhes interessa e ao que vão atrás, e assim, as mídias de interesse geral vão perdendo seu valor relativo.
Em contrapartida, e num momento de dúvidas e dificuldades crescentes, com o aumento substancial da concorrência – e esse é outro fator também importante – as empresas, dentre todas as mídias, e para determinadas categorias de produtos, sabem, que uma que é infalível porque inevitável, e onde o consumidor, mais cedo ou mais tarde, acabará passando: o ponto-de-venda. E assim, e em todos os últimos anos, parte do dinheiro que ia principalmente para as TVs abertas, Revistas de interesse Geral, e Rádio, foi migrando para o PÃO DE AÇÚCAR, CARREFOUR, CASAS BAHIA, MAGAZINE LUIZA, WAL MART...
Nessas redes, a receita de comercialização de seus espaços, é tão importante quanto a negociação que realizam especificamente no tocante à compra dos produtos que vão comercializar. E alguns dos “fenômenos” atuais no marketing do país, de empresas recém-chegadas disputarem e ocuparem a liderança de setores específicos, como é o caso de uma LG que em sete anos foi do zero à liderança do mercado de eletroeletrônicos no Brasil, deve-se, em boa parte, à adoção da política de privilegiar o ponto-de-venda dentre todos os seus investimentos de comunicação.
Fonte: Landmarketing o e-newsletter do madiamundomarketing - 23-06-2004 / Número 269 / Ano 06
Esse artigo foi citado no livro "Merchandising no Ponto de Venda" - autor: Blessa, Regina - no ca
pítulo 11 - Material de Ponto de Venda, é um texto com um teor magnífico e certeiro, portanto, compartilho com vocês.